São significativas as semelhanças entre os tempos atuais e o período pré-64, que levou à queda de Jango e ao início do regime militar e mesmo o período 1954, que levou ao suicídio de Getúlio Vargas.
Por Luis Nassif, em seu blog
Na primeira semana de setembro, os membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV), instalada em março deste ano para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, com destaque para o período da ditadura militar (1964-1985), participaram de um seminário em Brasília para debater e conhecer melhor as experiências de outras comissões da verdade nas Américas.
Resolução publicada no Diário Oficial da União, desta terça-feira (25), oficializa o início dos trabahos de investigação da Comissão Nacional da Verdade sobre as ações da Operação Condor, aliança formada em 1975 entre governos militares do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia, que tinha o objetivo de reprimir e prender grupos comunistas que se opunham às ditaduras nesses países.
Da mesma maneira que a psicologia ajuda a pessoa a conhecer a si própria e assim mudar seu comportamento diante da realidade, reduzindo angústia e sofrimento, a Comissão Nacional da Verdade permite que a nação examine a si mesma para entender o que significou a ditadura (1964-85) e para que o episódio nunca mais se repita.
Ainda está para ser contada, com mais profundidade e justiça, a história da família Monteiro Guimarães. Do filho mais célebre, Honestino Guimarães (1947-1973), jovem brilhante, ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e um dos mais conhecidos desaparecidos políticos do Brasil, sabemos quase tudo – menos a localização de seu corpo.
Por André Cintra, especial para o Vermelho
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) vai investigar as atividades da chamada Operação Condor, aliança que teria sido estabelecida formalmente, em 1975, entre as ditaduras militares do Brasil, da Argentina, do Chile, Paraguai, Uruguai e da Bolívia para vigiar e até eliminar opositores. Para tanto, a CNV formalizou, na segunda-feira (17), a criação de um grupo de trabalho (GT) específico para tratar da questão.
A Comissão da Verdade oficializou nesta segunda (17) que suas investigações alcançarão somente as violações aos direitos humanos praticadas por agentes do Estado, ou a serviço da ditadura militar (1964-1985). A decisão, publicada no Diário Oficial, diz que o grupo elucidará abusos (como assassinatos, torturas e desaparecimentos) praticados "por agentes públicos, pessoas a seu serviço, com apoio ou no interesse do Estado".
Depois de dez anos de pesquisas em arquivos públicos e particulares, além de diversas viagens à região do Bico do Papagaio (confluência dos rios Araguaia e Tocantins), chega a Salvador, na próxima sexta-feira (21/9), o livro “MATA!” do jornalista Leonencio Nossa. O lançamento acontece às 9h, no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ondina, onde o autor dará autógrafos e fará palestra sobre Jornalismo Investigativo e seus desafios.
O Brasil está passando por um momento de apresentação à opinião pública de muitas verdades que estavam sendo escondidas. É o caso da série de reportagens sobre torturadores, divulgadas até mesmo pela mídia de mercado, exatamente por órgãos de imprensa que deram total apoio à longa noite de trevas a partir de abril de 1964.
Por Mário Augusto Jakobskind, no Direto da Redação
Os brasilienses terão novamente a oportunidade de assistir ao espetáculo Filha da Anistia, que fica em cartaz na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional Cláudio Santoro (TNCS) de 12 a 14 de setembro. A peça faz parte do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Milhares de chilenos participaram de uma passeata neste domingo (9) em memória dos detidos e desaparecidos da ditadura de Augusto Pinochet. Nesta terça-feira (11) fará 39 anos do golpe que derrubou Salvador Allende no dia 11 de setembro de 1973.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) anunciou a realização de audiência pública para debater as denúncias de que a morte do educador Anísio Teixeira foi assassinato cometido por agentes da ditadura militar. O requerimento de autoria da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) , também assinado por Jandira, solicitando a audiência foi aprovado nesta quarta-feira (5) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.