A Comissão Nacional da Verdade acordou nesta quarta-feira (18) com o governo do estado de São Paulo um termo de cooperação para a pesquisa de documentos sobre o período da ditadura militar.
Uma rara foto do corpo do guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-1971) revela os vários ferimentos a bala que ele sofreu no cerco militar que o matou, no interior da Bahia.
Nos últimos 25 anos temos convivido com o teu desaparecimento – violento e precoce – de forma muito dura e o sentimento de impotência têm sido uma constante em nossas vidas, porque, apesar de sempre buscarmos seguir o teu exemplo, seja pela militância política, seja pela conduta pessoal, a impunidade é absolutamente devastadora e os dias – por vezes, terríveis – vai nos afastando de nosso último encontro naquele 10 de Junho de 1987, um dia antes de ser morto.
Por Paulo Fonteles Filho*
O Arquivo Nacional liberou o acesso ao público a cerca de cinco mil fotografias tiradas por agentes da ditadura militar. O acervo era do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) e estava na Agência Brasileira de Informação (Abin) até 2005, quando foi transferido para o Arquivo Nacional.
Diva Santana, vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, que faz parte do Comitê Baiano Pela Verdade (CBV), está no Araguaia, na região sul do Pará, participando do trabalho de busca pelos restos mortais dos participantes da Guerrilha do Araguaia, que aconteceu nos anos 70. A baiana faz parte da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
Documentos secretos do Itamaraty, agora abertos à consulta pública no Arquivo Nacional, comprovam que a ditadura brasileira sabia que iria ocorrer um golpe de estado no Chile mais de um mês antes do presidente Salvador Allende ser deposto, em 13 de setembro de 1973.
Por Najla Passos, na Carta Maior
Forças da esquerda chilena comemorarão nesta segunda-feira (16) os 70 anos do nascimento de Gladys Marín (1942-2005), destacada revolucionária e ex-presidenta do Partido Comunista do Chile.
A Universidade de Brasília (UnB) terá uma comissão interna da verdade para analisar os casos de repressão na instituição durante a ditadura militar (1964-1985). O objetivo é apurar o desaparecimento de estudantes e encaminhar os dados à Comissão da Verdade. A intenção é que os trabalhos da comissão da UnB sejam concluídos até o primeiro trimestre de 2014.
Enquanto acontecia, entre 1966 e 1974, a Guerrilha do Araguaia esteve envolta pelo manto do silêncio imposto pela censura da ditadura militar. Mais tarde, com a redemocratização, a história começaria a ser contada em reportagens e livros.
Seis anos depois dos crimes contra os pobres em São Paulo, com mais de 600 executados, as mães das vítimas ainda esperam justiça. Vale a pena recuperar um pouco aqueles dias.
Por Urariano Mota*
A Comissão Nacional da Verdade anunciou nesta sexta-feira (13) a criação de um site para divulgar suas atividades. Uma versão provisória deve ir ao ar dentro de dez dias.
A Comissão da Verdade não sabe, mas depois do golpe militar de 1964, o compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974) foi preso e permaneceu vários meses trancafiado, primeiro no Quartel da PE, no centro de Porto Alegre e, depois, no presídio da Ilha da Pintada, apesar de nunca ter tido qualquer atividade política.
Por José Ribamar Bessa Freire