O professor Carlos Lungarzo, militante da Anistia Internacional há 32 anos, considerou das mais perigosas a situação criada pelo torturador Brilhante Ustra, ao trombetear nome, dados pessoais e fotos de cinco participantes da manifestação de repúdio à ditadura de 1964/85 que teve lugar diante do Clube Militar do Rio de Janeiro na semana passada.
Por Celso Lungaretti*
A jornalista Ana Helena Tavares entrevistou um manifestante que sofreu ferimentos leves e outro cujo braço foi fraturado pela PM no último dia 29, diante do Clube Militar do Rio de Janeiro, durante o protesto contra oficiais da reserva que cometiam, impunemente, o crime de fazer apologia do totalitarismo e do terrorismo de estado.
Por Celso Lungaretti*
Violência repressiva, privatização e a reforma universitária que fez uma educação voltada à fabricação de mão-de-obra, são, na opinião da filósofa Marilena Chauí, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, as cicatrizes da ditadura no ensino universitário do país.
A família do espanhol Miguel Sábat Nuet, morto em 30 de outubro de 1973 no Dops, em São Paulo, quer que um monumento seja construído no Memorial da Resistência para lembrar de forma permanente os 475 mortos e os 20 mil presos durante a ditadura militar (1964-1985).
O advogado Manoel Lopes Veloso, também segundo tenente militar, foi preso no 25º Batalhão de Caçadores em 1963. Filiado ao PCdoB, participou de vários manifestos e foi impedido de assumir uma vaga de promotor de Justiça sob alegação de ser "subversivo".
Como parte do processo que está desconstruindo uma farsa grotesca dos golpistas de 1964 que dura mais de 35 anos, foi realizada na cidade de São Paulo na quinta-feira (29) uma audiência na qual testemunharam os dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) Aldo Arantes e Haroldo Lima.
Por Osvaldo Bertolino*, no Portal da Fundação Maurício Grabois
Cerca de 300 pessoas se reuniram neste domingo (1º/04), em frente ao Cemitério da Consolação, região central da capital paulista, em um protesto contra os 48 anos do golpe militar de 1964, que daria início a um período ditatorial de 21 anos no Brasil (1964-1985). A data de 1º de abril, Dia da Mentira, deu o mote à organização do ato, que batizou o evento como "Cordão da Mentira".
Na data em que o imaginário popular consagra como o “dia da mentira”, – 48 anos atrás – foi rompida a legalidade democrática instituída no Brasil com a Constituição de 1946. Hoje, a quase totalidade das entidades que conspirou, apoiou e promoveu a derrubada do governo democrático de João Goulart (1961-1964) não festejará o golpe civil-militar de 1964.
Por Caio Navarro de Toledo*
Um regime brutal como a ditadura militar, que tratou de erradicar da sociedade e do Estado brasileiros tudo o que lhe parecesse vinculado à democracia, que se constituiu em uma ditadura de classe contra os trabalhadores e suas organizações, que tratou de ser um subimperialismo, aliado privilegiado dos EUA na região – não poderia desaparecer sem deixar vestígios. Ainda mais que a ditadura militar brasileira não foi derrotada, como aconteceu nos países vizinhos.
“Essa coletânea é um verdadeiro testemunho da importância dos arquivos para a compreensão da história da luta da classe trabalhadora”. Foi como resumiu Antonio José Marques, ao expor a importância o livro ‘Arquivo, Memória e Resistência dos Trabalhadores no Campo e na Cidade’.
Líder do PCdoB no Legislativo, Raul Carrion participou de encontro que reuniu parlamentares e autoridades da América Latina.
Composta por coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital paulista, a manifestação Cordão da Mentira questionará quem e quais são os interesses que bloqueiam uma real transformação da sociedade brasileira. A data foi escolhida por ser o dia da mentira e a data do golpe militar em 1º de abril de 1964. A concentração será às 11h30, em frente ao Cemitério da Consolação.