Um novo relatório oficial sobre a ditadura de Augusto Pinochet, o terceiro em 20 anos de democracia, eleva para mais de 40 mil as vítimas desse regime, entre elas 3.225 mortos ou desaparecidos.
A Comissão da Verdade do Chile, que investiga os crimes do regime militar do general Augusto Pinochet (1973-1990), entregará ao presidente chileno, Sebastián Piñera, até esta quinta-feira (18), relatório que pode duplicar o número oficial de vítimas do período. Atualmente, o número oficialmente reconhecido de casos de detenção ilegal, tortura, execuções e desaparecimentos é 28.459.
Nesta segunda-feira (15), às 19h, a Câmara Municipal de São Paulo conferirá postumamente o título de Cidadão Paulistano a Virgílo Gomes da Silva, o Jonas, dirigente da Ação Libertadora Nacional que foi um dos mortos sem sepultura da ditadura militar.
Por Celso Lungaretti, em Náufrago da Utopia
Nesta quinta-feira (11), a juíza federal Taís Gurgel, da 4ª Vara Cível de São Paulo, deu ao Ministério Público o prazo de 15 dias para informar quais provas pretende colher na ação. Os procuradores querem chamar ex-presos para reforçar o envolvimento dos acusados em sessões de tortura.
O presidente paraguaio, Fernando Lugo, afirmou nesta quinta-feira (11) que o melhor reparo às vítimas da ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989) é a vigência da democracia com instituições fortalecidas.
Os países costumam ter momentos fundamentais, em que se decidem seus destinos. Nesses momentos cada pessoa, cada força política, cada meio de comunicação, todos, revelam suas posições profundas, os interesses que defendem, de que lado estão. O golpe militar de 1964 foi esse momento decisivo na história do Brasil, quando a democracia foi questionada e finalmente derrubada e destruída por uma ditadura militar.
Por Emir Sader
As Avós da Praça de Maio confirmaram neste sábado (6) a restituição da identidade de uma jovem roubada de seus pais durante a última ditadura militar argentina (1976-1983), com a qual se somam 105 os netos "recuperados" pelo organismo humanitário.
Para ser exato, Ivan, Ivanovitch Correia da Silva, não morreu em 31 de março de 64. Foi no dia seguinte, foi no 1º de abril de 64 que ele abandonou o seu espírito. Para ser mais exato, ele não o abandonou. Ele foi abandonado, porque já antes Ivan perdera a vontade, e perder a vontade, parece, é o anúncio primeiro da morte. Digo, corrigindo: já antes de deixar de existir, Ivan já não mais existia.
Por Urariano Mota
O livro “68 a geração que queria mudar o mundo” é um calhamaço de 690 páginas que, em vez de assustar pelo peso e volume, deixa em toda a gente um fascínio. Explico, ou tento explicar. De agora em diante, ele será um volume de consulta obrigatória, para que não se cometam mais tantos atentados à história e à verossimilhança em telenovelas, peças e filmes no Brasil, quando o assunto for ditadura.
Por Urariano Mota
Durante as duas décadas de duração da ditadura militar (1964 a 1985), a censura impôs o seu conceito de estado, moral e civismo em prol do regime dos presidentes vindos da caserna. A prática de censura às artes, à literatura e às comunicações, é uma consequência dos governos repressivos, que usam dos veículos de comunicação para a divulgação de uma poderosa propaganda de estado, vetando aqueles que se lhe opõem.
Por Por Jeocaz Lee-Meddi *
Uma revelação vai marcar o lançamento do documentário Roberto Marinho – O Senhor do Seu Tempo na semana que vem. Até então, acreditava-se que a briga entre Roberto Marinho e Carlos Lacerda nos anos 60 (antes, eram aliados) teve origem em uma polêmica envolvendo o Parque Lage, no Rio de Janeiro.