Com editorial com o título "Os militares e as vítimas da ditadura", no qual se perfila hoje com as Forças Armadas contra a criação da Comissão da Verdade, que vai investigar os crimes do regime militar, o jornal O Globo faz jus ao seu passado de apoio à ditadura e à repressão aos que a ela resistiram.
por José Dirceu, em seu blog
Quem lê Soledad no Recife pergunta sempre qual a natureza da minha relação com Soledad Barrett Viedma, a bela guerreira que foi mulher do Cabo Anselmo. Eu sempre respondo que não fomos amantes, que não fomos namorados. Mas que a amo, de um modo apaixonado e definitivo, enquanto vida eu tiver. Então os leitores voltam, até mesmo a editora do livro, da Boitempo: “mas você não a conheceu?”. E lhes digo, sim, eu a conheci, depois da sua morte. E explico, ou tento explicar.
Por Urariano Mota*
A gaúcha Manuela d’Ávila é a primeira comunista a assumir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Credenciada por uma reeleição com quase meio milhão de votos e, pela segunda vez seguida, sendo a deputada mais votada do Rio Grande do Sul, a parlamentar terá assuntos polêmicos para administrar, incluindo projetos relacionados aos direitos dos homossexuais e à instalação da Comissão da Verdade, que investigará crimes da época em que o Brasil vivia sob o comando dos militares.
O Ministério Público Federal (MPF) determinou o desarquivamento de dois processos da Procuradoria da República em São Paulo relativos à responsabilidade criminal por desaparecimentos durante a ditadura militar. Os arquivamentos foram feitos pela Procuradoria em São Paulo porque a Procuradoria-Geral da Justiça Militar determinou a instauração de procedimento investigatório próprio.
Apesar das críticas internas e duras das Forças Armadas, a criação da Comissão Nacional da Verdade já dá seus primeiros passos no Congresso. Contrariando as expectativas, os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Maria do Rosário (Direitos Humanos), vistos inicialmente como extremos opostos dessa polêmica, estão atuando juntos.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, avó Buscarita Roa dedica Prêmio da Paz, homenagem máxima concedida pela Unesco, à presidente Cristina Kirchner, a quem atribui a prisão dos repressores da ditadura militar. Para Buscarita, o prêmio é o reconhecimento do “trabalho de formiguinha” empreendido pela organização desde 1977.
Por João Peres, para a Rede Brasil Atual
Os ministros Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) vão procurar líderes partidários no Congresso para articular, ainda neste semestre, a criação da Comissão da Verdade e Justiça. Caberá à comissão esclarecer crimes de lesa-humanidade cometidos pela ditadura militar (1964-1985), como mortes, desaparecimentos e torturas.
Terminaram nesta sexta (25) os trabalhos de escavações em busca da ossada do militante político Virgílio Gomes da Silva. Ele foi morto durante o governo militar e pesquisas indicam que seu corpo foi enterrado, sem identificação, no Cemitério da Vila Formosa, na capital paulista.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) encaminhou nesta quinta-feira ofício à presidente Dilma Rousseff pedindo que ela cumpra integral e imediatamente a condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Brasil que determinou a investigação de crimes na ditadura.
A presença de Dilma na festa (?!) da Folha foi o aspecto mais comentado pelos internautas nas observações sobre o aniversário de 90 anos do jornal. Eu estava em Buenos Aires, e lá a notícia foi outra. Numa nota de pé de página, o jornal La Nacion trouxe, na terça-feira, informação de que desconfiei a princípio: Folha admite que apoiou a ditadura.
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador
Peritos do Ministério Público Federal, da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, do Instituto Nacional de Criminalística do Departamento de Polícia Federal e do Instituto Médico Legal (IML) removeram nesta terça-feira (22) três ossadas encontradas em sepulturas do Cemitério da Vila Formosa, na zona oeste de São Paulo. Segundo informações, a sepultura pode sido utilizada para enterrar os restos mortais de presos políticos desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985).
Objetivo é encontrar o corpo de militante morto em 1969