Um grupo de extrema direita quer celebrar, no carnaval paulistano, as torturas da ditadura militar. A convocação para o bloco “Porão do Dops” traz a imagem do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Ex-funcionários da Ford são julgados por cumplicidade em sequestros durante ditadura militar; segundo advogados das vítimas, elas foram presas por soldados uniformizados dentro da fábrica de Pacheco, um subúrbio ao norte da capital argentina
Por Domingos Miranda – Quando se fala em governo terrorista, o primeiro nome que nos vem à mente é o de Hitler, na Alemanha nazista, que causou tantas mortes e sofrimento no mundo todo. Mas, poucos ainda se recordam que os brasileiros viveram sob o jugo de um regime fascista, cuja política é baseada no terror e no medo, entre 1964 e 1985.
O jornalista Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual, informa que a Volkswagen divulgará na quinta-feira (14) os resultados de um estudo sobre a atuação da empresa durante a ditadura brasileira. A divulgação deverá ser feita simultaneamente aqui e na Alemanha, país sede da companhia. Alguns ex-funcionários – incluindo um trabalhador preso na própria fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 1972 – decidiram não comparecer ao evento.
Mesmo com o forte crescimento e criação de empregos no período militar, os salários foram achatados e a distância entre ricos e pobres cresceu.
Por Beatriz Sanz e Heloísa Mendonça*
O gaúcho Jair Krischke, presidente da ONG Movimento de Justiça e Direitos Humanos, voou de Porto Alegre para Roma para depor na manhã de quarta-feira (29) no processo sobre a Operação Condor que tramita na justiça italiana
O projeto de reparação psíquica dos atingidos pela violência da ditadura civil-militar, implantada no Brasil após o golpe de 1964, pode estar com os seus dias contados. O governo Michel Temer sequer respondeu ao pedido de prorrogação do projeto, cuja segunda etapa se encerra em dezembro deste ano. O silêncio expressa a intenção do atual governo de por fim às políticas de reconhecimento dos crimes cometidos pela ditadura e de reparação às vitimas dessa violência.
"Zarattini era um homem de luta, um patriota, um revolucionário", afirmou Aldo Arantes, membro da Comissão Política do Comitê Central do PCdoB e deputado Constituinte de 1988, lamentando a morte de Ricardo Zarattini Filho, que faleceu neste domingo (15), aos 82 anos.
Compartilho com vocês minha dificuldade de agora, ela paralisa e asfixia. Houve tempos em que minha inconsciente juventude permitia que eu colorisse com festas a mais feiosa das vidas. O mais cinzento dos tempos.
Autor do livro "Empresas alemãs no Brasil: o 7X1 na economia", Christian Russau lembra, por exemplo, que a empresa de automóveis Volkswagen forneceu informações sobre trabalhadores para o Dops (Departamento de Ordem Política e Social)
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo denunciou dois ex-delegados do Departamento de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo (Deops-SP) pelo sequestro do metalúrgico Feliciano Eugenio Neto, militante do Partido Comunista Brasileiro, em 1975. Neto morreu no Hospital das Clínicas, em 29 de setembro de 1976, aos 56 anos, após ter sido torturado no período em que esteve preso, segundo depoimento dos filhos.