O governo da Argentina assegurou, nesta segunda-feira (7), através de um informe oficial assinado pelo secretário de Diretos Humanos, Claudio Avruj, que durante a última ditadura civil-militar foram assassinadas e desapareceram 7.300 pessoas. Porém, organizações, familiares e ativistas pelos Direitos Humanos alegam que a ditadura deixou pelo menos 30 mil vítimas.
"Estou me dirigindo neste momento a todos os cidadãos para denunciar essa ofensiva da policia", disse o ator Bemvindo Sequeira. Em vídeo, ele denuncia o uso de "balas de verdade" pela polícia contra militantes e adolescentes. "Há uma ofensiva neste momento que inclui o movimento sem terra, mas também vários estudantes". Para o ator, caminhamos para uma ditadura. Estas ações orquestradas pelo governo Temer podem ficar muito piores, "sobretudo se não marcamos posição e não reagirmos a isso".
A Polícia Militar interrompeu no último domingo (30) a apresentação da peça 'Blitz', da Trupe Olho de Rua, que ocorria na região central de Santos, litoral de São Paulo, intimidou atores e público e levou o ator Caio Martinez Pacheco para a prisão. Para o ator, detido sem justificativa pela Polícia Militar, o ocorrido “remonta ao período da ditadura” e dispara um “gatilho de fascismo que depois de acionado não volta atrás”.
A ditadura na Argentina foi uma das mais sangrentas da América Latina, deixou um saldo de mais de 30 mil mortos e desaparecidos. Mais de 30 anos depois que os militares deixaram o poder (1983), o Vaticano anunciou que vai abrir seu arquivo com informações sobre o período para que vítimas e familiares possam consultar as informações.
A Câmara Municipal de São Paulo inaugurou nesta terça-feira (25), no centro da cidade, uma estátua em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, morto nas dependências do DOI-CODI durante o regime militar. A cerimônia ocorre 41 anos após o assassinato de Vlado, morto sob tortura no dia 25 de outubro de 1975 por agentes da ditadura militar.
Censura. No dicionário censura é: 1.ato ou efeito de censurar. 2. análise, feita por censor, de trabalhos artísticos, informativos etc., ger. com base em critérios morais ou políticos, para julgar a conveniência de sua liberação à exibição pública, publicação ou divulgação.
Por Thiago Cassis*
A Escola de Mecânica da Marinha (Esma), localizada no bairro de Núñez, em Buenos Aires, foi um dos principais centros de detenção, tortura e assassinato durante o último período de ditadura na Argentina (1976-1983). Transformada em museu, apresenta agora uma nova mostra que busca relacionar esporte e direitos humanos.
Hoje é o Dia das Crianças. Quero homenagear os meninos e meninas filhos de presos políticos, que durante os anos de chumbo foram levadas para os locais onde os pais estavam detidos, como forma de pressão, para que os presos denunciassem seus companheiros de militância.
Por Fernando Rabelo
Os governos arbitrários que se instalam nos países após um período de avanço democrático encontram sempre o mesmo problema: como desmontar a pluralidade de ideias do período anterior e institucionalizar rapidamente a lógica de uma sociedade com menos voz? No caso do Brasil atual, a fórmula tem sido a promulgação abrupta de novas normas, alteração vertical de legislações, concentração de poder para tomar decisões que antes eram compartilhadas entre os poderes e a população organizada.
O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF) fez mais uma denúncia contra o legista Harry Shibata e outros dois membros de sua equipe por fraude de laudos durante a ditadura militar (1964-1985). Nessa quarta ação, a procuradoria acusa o médico de ter colaborado com a versão falsa apresentada pelos agentes da repressão para o episódio conhecido como Chacina da Lapa (1976).
É espantosa a disseminação na sociedade de discursos perversos que procuram minimizar ou ignorar as atrocidades praticadas durante a ditadura civil-militar. Nunca é demais repetir: foi por obra do autoritarismo e da selvageria de agentes do Estado brasileiro contra opositores políticos que no período entre 1964-1985 se registrou na história do país um saldo de aproximadamente 50 mil pessoas presas, 20 mil torturados e algo em torno de 400 mortos e desaparecidos.
Por Giane Ambrósio Tavares
A Frente Gaúcha Escola Sem Mordaça e o Centro dos Professores do RS (Cpers) promoveram na manhã desta segunda-feira um debate sobre os projetos de lei do movimento "Escola Sem Partido" em tramitação no Congresso Nacional e em diversos Estados e municípios, como no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre.