Memória Para Uso Diário é um filme que documenta a luta do grupo Tortura Nunca Mais a partir de pessoas comuns que, apesar das memórias traumáticas, fazem questão de lembrar e de fazer com que suas histórias não sejam esquecidas. Ivanilda, cuja história é acompanhada ao longo de todo o filme, busca evidências para a prisão de seu marido pelo governo brasileiro. Ele está desaparecido desde 1975.
A investigação sobre os cúmplices econômicos da ditadura que governou a Argentina entre 1976 e 1986 marca um momento de maturidade da democracia que a sucedeu. No julgamento das Juntas Militares, em 1985, essa cumplicidade foi analisada com certo detalhe, mas sem que isso tivesse consequências penais ou administrativas, porque a democracia argentina era frágil e o neoliberalismo prevalecia no mundo.
Por Horacio Verbitsky, na Página/12*
No ultimo dia, (10), a UJS-Pará caminhou em passeata rumo à luta. O objetivo era fazer justiça, retirar o nome do ex-presidente, Marechal Artur da Costa e Silva, de uma escola tradicional em Belém, localizada na Avenida Almirante Barroso, em umas das principais vias de acesso ao centro da cidade.
O filho do presidente deposto pelo golpe militar de 1964 João Goulart, João Vicente Goulart, participou de um encontro com sindicalistas paulistas na tarde desta quinta-feira (10), realizado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Por Mariana Serafini, do Vermelho
A Frente de Esculacho Popular (FEP) realizou um escracho nesta quarta-feira (9) em frente à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, região central da capital. É a primeira vez que uma instituição civil, e não um militar ou agente do Estado, é alvo do grupo, que usa a estratégia para expor envolvidos com crimes cometidos contra opositores da ditadura brasileira.
Nos 50 anos do Golpe Militar de 1964, muitos ainda se emprenham na análise daquele episódio que marcou negativamente o Brasil, principalmente pelas prisões arbitrárias, torturas e mortes cometidas. A ditadura militar representou um dos períodos mais duros da História do país e há quem tem encontrado justificativas para a ação dos militares.
João Vicente Goulart (filho do ex-presidente Jango) participa ao vivo nesta quarta-feira (9) do programa Câmara Aberta Sindical, às 20h, na TV Aberta de São Paulo. No mês em que o golpe militar de 1964 completa 50 anos, o tema da entrevista será Atualidade das Reformas de Base – um dos assuntos favoritos do ex-presidente Jango. Na quinta (10), é a vez do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé receber Goulart para uma coletiva com blogueiros e veículos alternativos às 11h.
Na tarde da sexta-feira (4), ocorreu, na Câmara Municipal de São Paulo, a solenidade de abertura da 81ª edição da Caravana da Anistia, dedicada às filhas e aos filhos de perseguidas e perseguidos políticos. O evento foi uma parceria da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça com a Câmara de Vereadores paulistana, a Fundação Maurício Grabois e a Comissão da Verdade Rubens Paiva, do estado de São Paulo.
Na próxima segunda-feira (14) a Comissão da Verdade Rubens Paiva realizará na Assembleia Legislativa Paulista o lançamento do livro “Um homem torturado: nos passos de Frei Tito Alencar” com a participação das autoras Leneide Duarte-Plon e Clarisse Meireles, de Frei Betto e o deputado estadual Adriano Diogo (PT).
Conhecido pelo codinome de JC ou Jesus Cristo, o delegado Dirceu Gravina acredita profundamente no Espírito Santo, crença que jamais o permitiria torturar um ser humano. Hoje com 65 anos, o policial até ouviu pessoas gritando na sede do DOI-Codi, em São Paulo, onde trabalhou no início dos anos 1970. Mas acredita que elas deveriam estar simulando.
Em audiência realizada em São Paulo, nesta segunda-feira (7), a Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentou seu quarto relatório parcial de pesquisas, este dedicado à identificação de centros clandestinos utilizados pela ditadura (1964-1985) para interrogar, torturar, matar, desfigurar e ocultar cadáveres de opositores, com anuência de militares de alto escalão, inclusive no Palácio do Planalto.
Há pouco mais de uma década, seria impensável a qualquer representante de parcela do pensamento político brasileiro usar o golpe de 1964 como propaganda política. A ditadura militar foi capaz de envergonhar uma parcela enorme da população brasileira, inclusive a esmagadora maioria que se arrependera de apoiá-la – e muita gente a apoiou por atos, pensamentos ou omissões.
Por Maria Inês Nassif, na Carta Maior