Não foram apenas os agentes da ditadura brasileira (1964-85) que atuaram no monitoramento dos trabalhadores metalúrgicos do ABC paulista no período pós-golpe. A repressão recebeu apoio do governo dos Estados Unidos para espionar a região, conforme revelam documentos secretos divulgados nesta semana, após parceria entre as universidades Brown, dos Estados Unidos, e a Estadual de Maringá, do Paraná.
Os 50 anos do golpe militar e a repressão aos trabalhadores do Vale do Paraíba foram lembrados no Ato Sindical Unitário que ocorreu São José dos Campos na última quarta-feira (26).
A democracia no Brasil ainda convive com resquícios do autoritarismo implantando na época da ditadura militar. Essa foi a impressão de grande parte dos expositores da mesa “Como foi realizada a transição do autoritarismo para a democracia na Bahia e quais suas consequências?”, realizada na tarde desta quinta-feira (27/03), durante o III Fórum do Pensamento Crítico, no Teatro Castro Alves, em Salvador.
Teve início nesta quarta-feira (26), a mostra de filmes latino-americanos intitulada “Silêncios históricos e pessoais. Memória e subjetividade no documentário latino-americano contemporâneo” que acontece até 6 de abril, no centro da capital paulista. São 17 obras provenientes de Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai e Uruguai que abordam a riqueza poética, estética e política daquilo que alguns teóricos denominaram “documentário performativo”
O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e o Grêmio dos Aposentados da categoria realizarão, no dia 1º de Abril, às 9h, na sede do Sindimetal, um debate com o tema “os metalúrgicos e o golpe militar”.
Condenados, um comovente filme argentino do cineasta Carlos Martínez, retrata o tormento que viveram milhares de presos políticos no cárcere de La Plata, onde muitos encontraram a morte durante a última ditadura cívico-militar argentina (1976-1983).
A resistência e o combate à ditadura militar serão lembrados em extensa programação elaborada para marcar os 50 anos do golpe militar que instalou no Brasil uma ditadura que durou 24 anos. Na próxima terça-feira (1º), além da sessão solene, haverá um ato político, à tarde, precedido de homenagem ao ex-deputado Rubens Paiva.
O Cineclube Henfil de Maricá, município da Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro, encerra nesta quarta-feira (26), às 19 horas, a programação de março relativa aos 50 anos do golpe militar que instaurou a ditadura no país.
Em memória dos 50 anos do golpe militar no país (1964-2014), o ex-deputado federal Haroldo Lima, que integra o Comitê Central do PCdoB e foi preso político durante a ditadura, lembrou da participação estrangeira na ação dos militares. Neste artigo, Haroldo trata do suporte dado pelos Estados Unidos, a quem chamou de “uma potência estrangeira agressiva”, ao golpe e do significado do apoio para a História. Confira.
“Início dos anos 60, o país em situação alarmante, exército nas ruas, muita tensão, mas Pestana não se intimida, nasce assim mesmo. Três meses depois, ao perceberem que a criança sobreviveria, os milicos não titubearam e tomaram uma decisão drástica – veio o golpe de 1964.”
Por Mauricio Pestana*
Na próxima segunda-feira (31), será realizado, na antiga sede do Doi-Codi de São Paulo, hoje 36ª delegacia, na Rua Tutóia, nº 921, um ato que relembrará os 50 anos do golpe militar, ocorrido em 31 de março de 1964.
"O Brasil ainda não efetivou um real ajuste de contas com o seu passado", afirmou Aldo Fornazieri, sociólogo e diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, durante entrevista à Rede Brasil Atual, ao falar sobre o golpe millitar de 1964 e os desdobramentos após a redemocratização.
Da Radio Vermelho em São Paulo