A comprovação da convivência da imprensa hegemônica com a ditadura desmonta a ideia de que toda a imprensa viveu sob censura prévia e de que ela sempre lutou contra a censura. Quando a grande mídia conta a história da ditadura, resultante do golpe militar de 1964, que ela articulou conscientemente e do qual participou decisivamente, muitas vezes exclui sua cota-parte na implantação daquele regime de terror e morte.
Por Emiliano José*
Com o título “1964 Nunca mais”, o blog Marxismo21, revista eletrônica dedicada à difusão do pensamento de esquerda no Brasil, aborda em edição especial a ditadura militar brasileira, implantada no Brasil por meio de um golpe militar entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964.
O vereador tucano Paulo Telhada propôs a concessão da Salva de Prata, uma das comendas mais importantes da capital paulista, ao batalhão Tobias de Aguiar, que existe há mais de um século e, a partir dos anos de chumbo, passou a ser mais conhecido como Rota, pois suas rondas ostensivas acabaram definindo-lhe a identidade e a imagem: trata-se da unidade mais truculenta da Polícia Militar paulista.
Por Celso Lungaretti, no Blog Naufrago da Utopia
Na época da ditadura militar, muito se falava dos empresários que financiavam a tortura promovida por entidades como a Operação Bandeirantes (Oban), que se transformaria em DOI-Codi. Parte das verbas destinadas à tortura tinha como origem o desvio de recursos orçamentários; mas o dinheiro grosso, que pagava automóveis descaracterizados, viagens pelo Brasil e países vizinhos, esquemas para livrar-se de corpos, compra de informações e delações, infiltração, este não tinha como ser oficial.
Os arquivos e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), órgão de repressão do país no período da ditadura, poderão ser acessados na internet a partir da próxima segunda-feira (1º). Ao todo, cerca de 1 milhão de páginas de documentação foram digitalizadas.
Aquela ação não durou mais de cinco minutos. Às seis horas da tarde, depois de três anos de um planejamento minucioso, Antonio Duarte dos Santos e um grupo de nove colegas – entre eles seu irmão – conseguiram escapar da prisão de Ilha das Cobras.
Por Daniella Cambaúva, na Rede Brasil Atual
Edson Luís foi o primeiro estudante assassinado pela Ditadura militar e sua morte marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar que endureceu até decretar o chamado AI-5.
Em entrevista, exclusiva, para a Rádio Vermelho, Marcelo Toledo, metalúrgico de São Caetano do Sul (SP), relatou como os trabalhadores daquela região estão se organizando para desvendar a verdadeira história sobre o que aconteceu durante a Ditadura Militar.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura mantido pela ditadura militar em Petrópolis (RJ), Inês Etienne Romeu foi homenageada em uma audiência pública na Assembleia Legislativa. O encontro foi promovido nessa segunda-feira (25) à noite pela Comissão Nacional da Verdade, juntamente com a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva. Debilitada, Inês, não pôde, no entanto, comparecer à audiência.
O padre italiano Renzo Rossi teve forte atuação ajudando presos políticos brasileiros de esquerda durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), morreu nesta segunda-feira (25), em Florença, na Itália. O religioso faleceu aos 87 anos em consequência de um câncer de pâncreas. Já doente, em 1997, Renzo deixou o Brasil e retornou para o país natal. O portal EcoDesenvolvimento.org entrevistou o padre em uma de suas visitas ao Brasil.
Chega de Florença, a terra da Renascença, a notícia que consterna: padre Renzo morreu. As redes sociais se enchem de mensagens comovidas. Ex-presos políticos do Brasil dão-se conta de que ficaram órfãos. Os movimentos organizados proclamam profundo pesar. Paróquias periféricas de Salvador ficam de luto. Autoridades manifestam-se solidárias com o povo desolado. Uma filha tenta me comunicar o fato por telefone, e cai em pranto. A tristeza é geral.
Por Haroldo Lima*
No aniversário do golpe de Estado de 1976, a presidenta Cristina Fernández de Kirchner lembrou, por meio de sua conta no twitter do dia da Memódia. “24 de março, um aniversário que os argentinos não gostaríamos de ter, mas que temos a obrigação de recordar”. A presidenta reforçou ainda que se trata de “uma lembrança que não é patrimônio de nenhum setor político da Argentina”.