As formas dos golpes podem variar, contudo, a maioria deles tem algo em comum: o objetivo é preservar os interesses das classes economicamente dominantes que, de algum modo, estariam sendo prejudicados. Mas essas classes são extremamente minoritárias. Por isso, precisam necessariamente atrair para o seu lado as camadas médias, utilizando os seus medos e preconceitos provenientes de sua posição social particular no modo de produção capitalista
Por Augusto C. Buonicore *
Celso Marconi Lins, o maior e melhor crítico de cinema do Recife, ídolo da geração que viveu no Recife sob a ditadura, escreve sobre “A mais longa duração da juventude”
Por Urariano Mota
Estão chegando aos cinemas dois documentários que, à primeira vista, não poderiam ser mais contrastantes: o espanhol O silêncio dos outros, de Almudena Carracedo e Robert Bahar, e o brasileiro Tá rindo de quê?, de Claudio Manoel, Álvaro Campos e Alê Braga. No entanto, ambos têm um tema em comum: as variadas formas de reagir a uma situação de tirania e opressão.
Por José Geraldo Couto, mp Blog do Cinema/IMS
Morreu nesta terça-feira (25) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o advogado e ex-deputado federal pelo Distrito Federal e constituinte Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, aos 74 anos. Ele sofria de leucemia.
"Vários historiadores questionam atualmente a ideia de porões da ditadura, que a repressão era feita por baixo dos panos. Algo parecido com o que houve em setores da sociedade alemã em relação ao holocausto na II Guerra Mundial. Na Alemanha, porém, a questão foi encarada de frente. Lá, desde cedo, as crianças aprendem o que foi o horror da extrema direita nazista. No Brasil, não. Por isso, tem gente que chega ao disparate de negar que houve uma ditadura entre 1964-85.”
Por Airton de Farias*
Do golpe continuado caminhamos para a ditadura de novo tipo. Aquela que, para exercer-se, não carece de um novo direito. Impera com o direito que encontra. Este torna-se, no entanto, maleável, à mercê da interpretação política do Poder Judiciário, sempre atento aos humores do Príncipe que tanto pode ser o presidente da República quanto um general de quatro estrelas, ou, mais modernamente, o invisível, onisciente, onipotente, onipresente ‘mercado’.
Por Roberto Amaral*, na Carta Capital
Já se passaram quase 50 anos desde que Ivan Seixas, 63, foi preso junto ao pai e torturado durante mais de dois dias por agentes da ditadura militar. Desde então, a luta pela memória e justiça aos crimes do Estado se tornou sua razão de vida. Hoje, após a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, é ao esquecimento que ele atribui o saudosismo aos tempos de exceção, censura e violência.
Por Leonardo Fernandes
Quem viu Amarcord, de Fellini? Eu assisti mais de dez vezes. Não há uma única cena do filme que eu não aprecie. Gosto da música de Nino Rota, de Gradisca, Volpina, do maluco tio Teo, do pavão do Conde, da cena final com o casamento e um acordeom tocando nostálgico… Amo Fellini e queria ter assinado a direção de todos os filmes que ele realizou. Todos, não. Julieta dos Espíritos é muito chato.
Por Ronaldo Correia de Brito*
Procurador e juiz endossaram versão oficial sobre morte de Olavo Hanssen, submetido a intensas e prolongadas sessões de tortura; Delegado também é alvo de acusação.
É difícil saber como começa uma ditadura ou quanto tempo vai durar. Mas ela dá sinais, por vezes bem fortes, como agora. Vai se infiltrando em corações e mentes fazendo-os crer que o país chegou ao fundo do poço. Que é preciso mão firme para solucionar os graves problemas enfrentados.
Por Jandira Feghali
Com a proximidade do segundo turno, fiscais de tribunais eleitorais, policiais federais e militares, a mando de juízes ou seguindo a solicitação de estudantes, invadiram universidades públicas em todo o país para interrogar, intimidar e apreender materiais, além de ordenar a retirada de comunicados do ar. As ações foram denunciadas como arbitrárias por professores, estudantes e a OAB.