A crise americana está longe de ser resolvida. Contudo, o Congresso dos Estados Unidos votará nesta segunda-feira (1º) um acordo preliminar entre republicanos e democratas que determina cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública norte-americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões. O governo está ameaçado de ter dificuldades para honrar parte da dívida.
A economia feita pelos governos federal, estaduais e municipais para pagar os juros da dívida pública, o superávit primário, ficou em R$ 13,370 bilhões, em junho, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta (29). Esse resultado é o maior para o período da série do BC, iniciada em 2001. Em igual período do ano passado, o superávit foi R$ 2,179 bilhões.
A direita nos Estados Unidos já conseguiu entronizar como verdade absoluta a ideia falaciosa de que a maioria da população quer apertar o cinto dos gastos excessivos de um governo gastador. Obama contribuiu para esse triunfo e entregou sua presidência aos conservadores numa bandeja de prata. Na verdade, a Casa Branca capitulou faz tempo.
Por Alejandro Nadal, no La Jornada
"A crise durará mais um ano e acabará em 2010". Quem o disse foi Dominique Strauss-Kahn, o ex-diretor geral do FMI, em outubro de 2009, afirmando que os efeitos da crise econômica durariam mais um ano e que se sairia da recessão no primeiro semestre de 2010.
Por Ângelo Alves, no Avante!
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou nesta segunda-feira (25) que os Estados Unidos sofrerão um “choque severo” se os limites de endividamento não aumentarem, e apelou para uma redução gradual da despesa pública.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou que o governo Barack Obama e a oposição republicana precisam alcançar um acordo nesta segunda-feira (25) para pôr fim ao impasse sobre o limite da dívida pública do país e, assim, evitar o risco de calote.
A dívida pública federal aumentou 3,39% no mês passado e soma R$ 1,805 trilhão. Foi a maior expansão mensal no ano, de acordo com o relatório mensal da dívida, divulgado nesta quinta-feira (21) pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Fernando Garrido.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concordaria com um acordo de curto prazo para elevar o teto da dívida. A informação foi veiculada pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, nesta quarta-feira (20).
Um dos avatares da crise do setor financeiro que começou em 2007 nos Estados Unidos e se estendeu como rastilho de pólvora na Europa, é a energia que os os bancos deslocaram do oeste europeu (sobretudo alemães e franceses, mas também belgas, holandeses, britânicos, italianos, luxemburgueses, irlandeses…) para utilizar os fundos emprestados ou doados maciçamente pela Reserva Federal (Banco Central dos EUA) e o Banco Central Europeu (BCE).
Por Damien Millet e Eric Toussaint*, em Cubadebate
“O verdadeiro rombo das contas públicas é a dívida pública”. A afirmação é da coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, em palestra promovida pelo comando de greve dos servidores da UFRGS e realizada nesta terça-feira (12), na capital gaúcha. Auditora fiscal da Receita Federal, ela mostrou que atualmente o Brasil paga aos detentores de títulos de sua dívida pública as mais elevadas taxas de juros do mundo.
As origens da dívida pública brasileira, o tamanho desse endividamento e as contas da previdência serão temas abordados pela auditora fiscal da Receita Federal, Maria Lúcia Fattorelli, em palestra realizada capital gaúcha. A atividade é destinada a servidores públicos e interessados no tema e procura esclarecer os mitos do “rombo” da Previdência, e da falta de recursos para investimentos em Educação e Saúde.
A matéria publicada neste domingo (3) pela Folha de S. Paulo reflete muito bem o que buscamos dizer quando afirmamos que é o dólar, muito mais que qualquer pressão inflacionária, o grande perigo, hoje, para a economia brasileira. Embora o endividamento seja, basicamente, privado, é o Estado brasileiro que tem de entrar como uma espécie de “fiador monetário” destes créditos.