Ao ser questionado sobre o anúncio do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que está rompendo com o governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), ministro Ricardo Lewandowski, saiu em defesa das instituições brasileiras e disse esperar "que o consenso vá prevalecer".
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Sílvio Costa (PSC-PE), disse nesta sexta-feira (17) que pedirá o afastamento temporário de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente da Câmara. Segundo ele, Cunha não tem condições morais de continuar no comando da Casa.
Leia, abaixo, nota à imprensa publicada nesta sexta-feira (17), pelo Palácio do Planalto, sobre as declarações do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ):
Jovens e blocos de carnaval ocuparam a Praça São Salvador, na zona sul do Rio, na noite desta sexta-feira (17), para fazer um apitaço durante os cinco minutos do pronunciamento em rede nacional de rádio e TV do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Moradores de prédios no entorno da praça bateram panelas em apoio à manifestação.
A busca e apreensão de documentos nas casas e escritórios de três senadores e o vazamento da delação premiada que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter pedido U$S 5 milhões em propina, ambos os fatos desencadeados pela Operação Lava Jato, agravaram o cenário de instabilidade política. Esta é a avaliação da presidenta nacional do PCdoB, deputada federal Luciana Santos, em entrevista ao Portal Vermelho, na noite desta sexta-feira (17).
A deputado federal e líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (RJ), afirmou nesta sexta-feira (17) que o anúncio do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, de romper com o governo da presidenta Dilma Rousseff pode levá-lo ao isolamento. Por meio das redes sociais, Jandira salientou que a postura de Cunha revela o seu “desespero" diante das investigações da Operação Lava Jato.
Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto no início da tarde desta sexta-feira (17), em resposta as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o governo disse esperar que a posição de Cunha, "de anunciar rompimento com o governo, seja uma posição pessoal e que não se reflita nas ações de Cunha à frente da Casa", diz o texto.
Em entrevista coletiva de imprensa no Salão Verde nesta sexta-feira (17), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou oficialmente o seu rompimento com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele disse que vai tentar no Congresso do PMDB, em setembro, convencer a legenda a seguir o mesmo caminho.
Mantendo seu estilo nordestino, com franqueza e muita saraivada, o deputado federal Silvio Costa (PSC-PE) afirmou em entrevista ao site Brasil 247 que o presidente da Câmara Eduardo Cunha deve explicações ao povo brasileiro a respeito da denúncia de que recebeu US$ 5 milhões em propina, de acordo com Julio Camargo, delator na Operação Lava Jato.
O doleiro Alberto Youssef afirmou nesta quinta-feira (16), em depoimento à Justiça Federal no Paraná, que é vítima de intimidação por um deputado federal que integra a CPI que investiga os supostos desvios de dinheiro da Petrobras. O doleiro não disse quem é o parlamentar, mas se referiu a ele como um “pau mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está enfurecido com o vazamento do depoimento da delação premiada do lobista Júlio Camargo concedido ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, capital do Paraná. Ele foi acusado pelo réu de receber US$ 5 milhões de propina.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, foi acusado pelo réu delator da Lava Jato, Julio Camargo, de ter pedido cerca de US$ 5 milhões em propina, dinheiro que seria usado para campanha eleitoral, segundo informações do Estadão. O jornal O Globo, por sua vez, afirmou que o valor negociado seria R$ 10 milhões.