No dia 11 de fevereiro de 2011 fez-se realidade tão só o primeiro de um grande número de anseios do povo egípcio que exigia a renúncia do hoje ex-presidente, Hosni Mubarak. A alegria e o júbilo transbordaram todas as ruas desse importante país africano, e também as ruas de vários países do mundo. A classe trabalhadora egípcia e o seu povo em geral tinham voltado a fazer história.
Por Basem Tajeldine e Laila Tajeldine no Informação Alternativa
A crise no Egito será analisada de perto por um grupo de deputados do Parlamento Europeu, que deve viajar para a região nos próximos dias. Os europeus defenderam nesta quinta-feira (17) o congelamento dos bens do ex-presidente Hosni Mubarak e de todas as autoridades ligadas ao governo dele. Mas exigiram que a junta militar, que assumiu o poder no país, promova a transição democrática com eleições livres para presidente da República.
O marechal Mohamed Hussein Tantaui, presidente do Supremo Conselho Militar do Egito e sucessor de Hosni Mubarak é parte da brutal ditadura contra a qual os egípcios se levantaram e obedece a Washington.
Por Laerte Braga
As revoluções da Tunísia e do Egito, se realmente obtiverem sucesso, serão ruins, muito ruins para Israel. Árabes educados – nem todos vestidos como "islâmicos", a maioria sem falar um inglês perfeito, cujo desejo de democracia não recorre à retórica "antiocidental" – são ruins para Israel.
Por Ilan Pappe*, em Carta Maior
Nesta reportagem da TV Record é possível ter a dimensão que já atinge a queda de Hosni Mubarak no Egito. Populações de outros países foram às ruas neste sábado (12).
A Unesco pediu nesta quarta-feira (16) aos marchands e colecionadores de arte que fiquem alertas depois do roubo de obras de arte no Egito para impedir que elas caiam em mãos inescrupulosas. "É particularmente importante verificar a origem dos bens culturais que são importados, exportados ou colocados à venda, principalmente via internet", afirmou a diretora da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova em comunicado.
O governo militar do Egito nomeou nesta terça-feira (15) um ex-magistrado para dirigir um comitê que fará emendas à Constituição, enquanto reiterou os pedidos para que sejam levantados os protestos e greves, no sentido de restabelecer a "normalidade" no país.
Durante décadas, as contas bancárias e o mercado de bens de raiz na Europa foram locais seguros onde ditadores depositaram milhares de milhões de dólares que roubavam em seus respectivos países.
Por Julio Godoy, na agência IPS
No momento em que ares de mudança varrem o Egito e alguma mudança parece iminente na vida política no mundo árabe, Marwan Bishara, principal editor de política da rede Al Jazeera, avalia a velocidade e a eficácia da transição para a democracia.
Por Marwan Bishara*, em Al-Jazeera
Apesar de afirmar neste sábado (12) que não pretende concorrer nas próximas eleições, a Irmandade Muçulmana revelou nesta terça-feira (15) que planeja criar um partido político. De acordo com o grupo islâmico, isso aconteceria assim que as restrições impostas pelo ex-presidente Hosni Mubarak para o registro dessa e de outras organizações políticas fossem revogadas.
Em entrevista concedida à Agência República Islâmica de Notícias, (IRNA, na sigla em inglês), o escritor e professor britânico Rodney Shakespeare advertiu os egípcios de que pode ser prematuro celebrar a vitória da sua revolução após a expulsão do ex-presidente Hosni Mubarak.
Centenas de manifestantes ocuparam a Avenida Paulista em solidariedade ao povo egípcio, na sexta-feira (11), logo após a renúncia de Hosni Mubarak. Para Mohamad Sami, da Frente Árabe de Defesa do Povo Palestino e da Associação Islâmica, o povo conseguiu derrubar o maior ditador do mundo árabe. Já para Denis Veiga, do CepraPaz (Centro de Solidariedade e Luta dos Povos), as vitórias no Egito e na Tunúsia abrem nova intifada (revoltas) contra opressão e o imperialismo no Oriente Médio.