Horácio Cartes, o presidente eleito no Paraguai pelo partido Colorado no último domingo (21), foi investigado pela DEA, a agência anti-drogas americana, como traficante de narcóticos e dono de um grande esquema de lavagem de dinheiro internacional, baseado na tríplice fronteira – Brasil, Argentina e Paraguai. Em 2009, seu grupo chegou a ser infiltrado por agentes da DEA em uma operação secreta batizada de “Coração de Pedra”.
Por Natalia Viana e Jessica Mota, em A Pública
As eleições no Paraguai dispararam um alarme no quesito democracia. Imediatamente ao resultado, presidentes de diversos países da América Latina se manifestaram dando os "parabéns" ao presidente eleito. Cristina Kirchner, da Argentina, Pepe Mujica, do Uruguai e Juan Manuel Santos, da Colômbia.
Por Elaine Tavares, em seu blog
Considerado o favorito nas eleições presidenciais do Paraguai, Horácio Cartes – candidato do partido Colorado – foi acusado oficialmente pela Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos. A denúncia, protocolada no Ministério Público a dois dias das eleições, afirma que Cartes pode estar envolvido com contrabando, narcotráfico, evasão de impostos, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
Por Mariana Serafini*,de Assunção
O Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE) do Paraguai anunciou, nesta quarta-feira (17), que está em vigor um “Plano Antissabotagem ” para garantir que as eleições do próximo 21 de abril transcorram normalmente.
O Ministério Público do Paraguai aceitou o pedido de investigação da denúncia do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o sangrento despejo camponês em Curuguaty e as irregularidades na destituição do presidente Fernando Lugo.
Os partidos de esquerda do Paraguai têm denunciado a falta de espaço nos debates televisivos. Nesta segunda-feira (25), o candidato da Frente Guasu, Aníbal Carrillo, criticou, em nota, a falta de criatividade e conteúdo dos presidenciáveis. Em sua análise, o debate foi, no melhor dos casos incipiente e o “desempenho geral dos candidatos esteve muito por baixo do que a cidadania merece escutar”.
Cerca de 500 pessoas, entre esquerdistas e liberais protestaram, no último domingo (17), diante do Banco Central do Paraguai, onde realizou-se o debate entre quatro candidatos presidenciais para as eleições do próximo 21 de abril.
As pesquisas realizadas no Paraguai revelam que a divisão da esquerda — que tem dois candidatos: Mario Ferreiro, da coligação Avança País e Aníbal Carrillo, apoiado pelo ex-presidente Fernando Lugo e pela Frente Guaçu — torna mais longínqua a possibilidade de o Paraguai eleger um presidente progressista no pleito de 21 de abril. Os setores que perpetraram, em junho do ano passado, o golpe de Estado que destituiu Lugo, deverão conquistar a presidência.