Para o pesquisador Jairo Pimentel, da FGV, opiniões do presidente influenciam como pensam seus eleitores, que nem sempre estão automaticamente alinhados às posições liberais e conservadoras
Pode ser que tudo não passe uma teoria da conspiração. Mas a sucessão de fatos sem respostas sugere que há mais segredos entre o céu e a terra do que supõe a vã teoria dos idiotas da objetividade.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve julgar nesta terça-feira (26/11) uma ação que pede a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão. A ação acusa a chapa de abuso eleitoral envolvendo a atuação de hackers no Facebook na disputa presidencial de 2018.
A TV Globo acusou o golpe. Depois que o jornalista Tales Faria, do UOL, publicou que a emissora da família Marinho vetou a candidatura do apresentador Luciano Huck à Presidência da República em 2018, o Setor de Comunicação global abriu o jogo. A rigor, diz a Globo, não houve o que se convenciona a chamar de veto. Huck foi apenas enquadrado “às regras da emissora”.
Por André Cintra
A rede de desinformação que espalhou notícias falsas (fake news) e deturpadas pró-Bolsonaro pelo aplicativo WhatsApp durante as eleições do ano passado, com o uso de robôs e disparo em massa de mensagens, continua ativa até hoje. Dados obtidos pelo portal UOL apontam que 80% das contas no aplicativo de mensagens estavam em funcionamento no início da semana.
A eleição de 2018 no Brasil foi uma espécie de plesbicito: de um lado, a chapa Haddad/Manuela, que defendia um projeto nacional de desenvolvimento; de outro, a chapa Bolsonaro/Mourão, que defendia, de forma camuflada e não debatida, por receio de perder votos, a defesa do projeto neoliberal, do Estado mínimo, do livre mercado. Acabou ganhando as eleições com base numa campanha de ódio aos partidos de esquerda baseado nas fake news e no “caixa 2”.
Por Aluisio Arruda*
As investigações da Polícia Federal sobre o ataque de Adélio Bispo ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), em setembro passado, durante a campanha eleitoral, estão próximas do fim. Embora Bolsonaro já tenha dito, mais de uma vez, que o suposto mandante da facada estaria por trás do pagamento dos honorários do advogado Zanone Júnior, a conclusão do processo desautoriza a teoria conspiratória.
Fátima Bezerra e Antenor Roberto tomam posse nesta terça-feira.
As cerimônias de diplomação, festivas e protocolares, vinham ocorrendo sem incidentes até este ano. Mas a ascensão da extrema-direita ao poder acabou criando um clima de ódio à esquerda que descambou para a agressão em diferentes estados. Os episódios, protagonizados por parlamentares cujo comportamento beira o fascismo, acendem um sinal de alerta sobre o clima de hostilidade que o parlamento brasileiro viverá a partir de janeiro.
Jair Bolsonaro para a Presidência da República e João Doria para o governo de São Paulo representam uma ameaça contundente à educação pública. Ambos elegeram os professores como inimigos à implantação de um projeto contra os interesses nacionais e populares no país e no estado mais rico da nação.
Por Francisca P. Rocha*
Ao final das eleições de 2018, naturalmente começa-se uma série de reflexões e análises sobre o resultado do pleito. Em minha opinião e visão, no campo majoritário, em especial na disputa presidencial, ficou clara e evidente a polarização da disputa através de pensamentos, narrativas e ações de campanha eleitoral que sem duvida nenhuma refletiram no resultado das urnas.
Vitória da barbárie sobre a civilização é nociva especialmente para as mulheres, tanto na esfera material quanto ideológica. Com agenda ultraliberal, antinacional e antidemocrática — além da misoginia histriônica — Bolsonaro et caterva representam um duro golpe também na emancipação das brasileiras.
Por *Mariana de Rossi Venturini