Relator da CPI, Renan Calheiros, disse que a CPI “tem feito sua parte” e que os critérios para tornar essas pessoas em investigadas é o fato “de já terem prestado depoimento à CPI” e que não vão entrar em conflito com aqueles que não colaboraram ainda com a comissão
Além de Pazuello, o ex-ministro Ernesto Araújo e Mayra Pinheiro pediram suspensão das quebras de sigilo. A quebra de cerca de 20 pessoas foi aprovada pelos senadores na última quinta (10).
Também são alvos da transferência de dados a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard e o virologista Paolo Zanotto
O abalo no posicionamento internacional estratégico tradicionalmente mantido pelo Brasil somou-se a resultados econômicos que custaram mais do que supostamente valiam3
Ex-chanceler do governo Bolsonaro afirmou, por exemplo, que nunca houve atrito com a China para dificultar a importação de insumos para a vacina contra o coronavírus.
Numa fala fantasiosa, o ex-ministro das Relações Exteriores negou confronto com a China e alinhamento com EUA. “Jamais promovi atrito com a China. Não foi uma política de alinhamento com os EUA”, disse
“Eu vejo senhor Ernesto que sou psicóloga de formação, mas sou uma mulher do campo. Eu imagino que o senhor tenha uma memória seletiva, para não dizer uma memória leviana”, disse a parlamentar
Ele falou em “relação madura e construtiva com a China”, o que não é verdade. Disse ainda que nunca houve atrito com a China para dificultar a importação daquele país de insumos para a vacina contra o coronavirus
O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo depõe nesta terça-feira (18) na CPI da Covid no Senado. Os senadores vão pedir explicações sobre declarações dele contra a China, principal fornecedor de insumos para produção de vacina. Além disso, ele deve ser questionado sobre seu alinhamento com ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também crítico do país asiático. O diplomata pediu demissão em 29 de março após forte pressão do Congresso. Deputados e senadores acusaram o então ministro de isolar o Brasil no cenário internacional e prejudicar a obtenção de doses de vacina contra a covid-19
Senadores esperam explicações de ex-chanceler sobre constrangimentos criados pelo governo Bolsonaro à China e sobre sua viagem a Israel em busca do “spray milagroso”
A saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores reabriu a possibilidade de o país retomar uma parceria mais estreita com a China. Para especialista, o Brasil tem muito a explorar além da vacina
Questionador da ciência e das orientações de saúde, Araújo impediu que o Brasil se unisse a outras nações que defenderam quebra de patente de vacinas na OMC