Nesta sexta-feira (11) diversas entidades do movimento sindical, estudantil e juvenil sairão às ruas promovendo uma série de manifestações e paralisações, denunciando o pacote do Governo Temer, que retira conquistas sociais históricas e precariza áreas estratégicas, como a saúde e educação. A proposta é intensificar a adesão popular para uma futura greve geral.
Apesar do Ministro da Educação do governo Temer, Mendonça Filho (DEM,-PE) afirmar que irá multar entidades dos movimentos sociais por influenciar as ocupações que lutam contra a Reforma do Ensino Médio e a PEC 55, os estudantes não se intimidam e ocupam cada vez mais universidades. Nesta quarta-feira, segundo informações da União Nacional dos Estudantes (UNE), já são 171 instituições de Ensino superior ocupadas.
“A defesa da democracia se impõe como a luta central diante da onda de agressão e intimidação que atinge o país. Nossa liberdade está sendo violentada. Se hoje são estudantes, trabalhadores rurais e ativistas sociais, amanhã serão todos os demais segmentos sociais, pois, quando não se reage ao arbítrio em algum momento, todos nós seremos vítimas dele.”
As entidades estudantis rejeitaram o anúncio do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), nesta segunda-feira (7), de que processará a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União da Juventude Socialista (UJS) para que paguem as despeas pela realização de uma nova etapa do Enem. Mendonça quer que as entidades paguem R$ 15 milhões por estimularem as ocupações de escolas e universidades.
Por Laís Gouveia
Num barata-voa sem fim, o governo Temer continua demonstrando não ter a menor noção de como lidar com a situação das mais de 1200 escolas ocupadas pelo país. Na quarta-feira (2), o Ministério Público do Ceará entrou com um pedido de suspensão do Enem frente ao adiamento da realização das provas apenas em escolas ocupadas, o que acabaria com o princípio de isonomia do concurso.
Por Juliana Gonçalves e Helena Borges, no The Itercept Brasil
Após a invasão sem mandado judicial realizada pela Policia Civil de São Paulo na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) do MST, em Guararema (SP), parlamentares e membros do PT se posicionaram contra a ação. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que as cenas do vandalismo da polícia mostram que trata-se de uma invasão criminosa com disfarce de operação. “A ENFF é uma escola!”, indignou-se.
Escrever um artigo por semana, o que no início me parecia algo difícil, pela falta de experiência, hoje é insuficiente para comentar a conjuntura, que muda a cada dia. E, no período eleitoral que vivemos até domingo passado, mudava em questão de horas.
Por Dr. Rosinha*
A grande mídia, em parceria com o governo Temer, vem promovendo uma verdadeira campanha para criminalizar o movimento de ocupações escolares, que tem como principal reivindicação a imediata revogação da Medida Provisoria da Reforma do Ensino Médio. Considerados pelo Ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) e o Jornal Estadão como facções que querem promover o caos na sociedade, os estudantes contam ao Portal Vermelho quais são os verdadeiros motivos para se ocupar um colégio.
Por Laís Gouveia
A Câmara dos Deputados fará comissão geral no Plenário para debater as ocupações de escolas e universidades, que protestam contra a Medida Provisória (MP) que reforma o Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que corta os investimentos na educação. A proposta é dos líderes do PCdoB e do PT na Câmara, deputados Daniel Almeida (BA) e Afonso Florence (BA).
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) elogiou o movimento de ocupação de escolas que vem sendo feito por estudantes de todo o País. “Essas meninas e meninos estão se apropriando da escola como um espaço seu e lutando pelo direito a uma educação de qualidade. Trata-se de um movimento profundamente pedagógico para todos os que participam e para a escola em si”, disse, em entrevista à revista Fórum.
Após os episódios de violência policial verificados na desocupação do Colégio Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga, no Distrito Federal, a presidenta da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, anunciou que “o movimento estudantil é igual a pão, quanto mais bate, mais cresce”. E avisou ao governo federal e ao Ministério da Educação que “ou retira a MP (do Ensino Médio) ou a gente vai ocupar cada vez mais.”
Parece que a nova tática estabelecida pelo governo Temer para acabar de vez com as 1.100 ocupações que se alastram em todo o país é colocando os estudantes contra os outros. Na tarde dessa terça-feira (1/11) o Ministério da Educação (MEC) emitiu comunicado dizendo que alunos "afetados" pelas escolas ocupadas, farão a prova do Enem entre os dias 4 e 5 de dezembro, enquanto os demais farão o exame neste fim de semana, tentando transformar as ocupações em um problema para a sociedade.