A espionagem à escala mundial tem resultado em críticas massivas e debates contundentes, além da preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a mídia internacional, ela também foi objeto do programa de vigilância dos EUA, mas o país comprometeu-se a não espioná-la, de acordo com o porta-voz Martin Nesirky, em declarações dadas à imprensa nesta quarta-feira (30).
A vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC-foto), anunciou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que vai apresentar projeto para regulamentar as atribuições da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) e assim garantir que os parlamentares possam investigar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ouvir seus integrantes.
O governo peruano do presidente Ollanta Humala declarou, nesta terça-feira (29), que segue esperando informações por parte dos Estados Unidos a respeito das denúncias de que seu país foi espionado pela Agência de Segurança Nacional (NSA por sua sigla em Inglês).
As denúncias de espionagem dos EUA a vários países do mundo pode ser o estopim para impulsionar a discussão sobre uma nova governança da Internet, algo que tinha a oposição de muitos do principais países do mundo. A opinião é do conselheiro da Anatel e membro do Comitê Gestor da Internet (CGI) Marcelo Bechara, que participou, ao lado do ministro Paulo Bernardo e outros representante do governo, do Internet Governance Forum (IGF), realizado em Bali, na Indonésia, na semana passada.
O presidente do Equador, Rafael Correa, assegurou nesta terça-feira (29) que se a espionagem massiva realizada pelos Estados Unidos tivesse sido feita por países da América Latina, estes seriam considerados criminosos e levados à Corte Internacional de Haia. O mandatário está na Rússia para ampliar os laços econômicos e comerciais entre os países e deu uma entrevista para a rede de televisão local.
Uma delegação parlamentar europeia que visita os Estados Unidos afirmou, nesta segunda-feira (28), que o programa de espionagem norte-americano criou uma fratura nas “décadas de confiança mútua” entre a Europa e o país. Autoridades estadunidenses, por outro lado, seguem justificando o programa por “motivos securitários”; a Casa Branca classifica a medida de “legal”, e o republicano Mike Rogers, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, chegou a dizer que os europeus “devem agradecer”.
Em 2005, o cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira apontou em seu livro “Formação do Império Americano” as práticas de espionagem exercidas pelas agências de inteligência dos Estados Unidos.
Na mesma época em que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) espionava membros do alto escalão do governo Dilma, um funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi investigado e exonerado por suspeita de passar segredos para a Agência Central de Inteligência (CIA).
Os Estados Unidos veem-se cada vez mais constrangidos no plano internacional, desde que as denúncias do ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA) e da Agência Central de Inteligência (CIA) norte-americanas sobre espionagem foram publicadas. Recentemente, entram no grupo de países que exigem explicações da Casa Branca os aliados (ou vassalos) ocidentais tradicionais, como a França e a Alemanha.
Por Moara Crivelente*, no Blog Resistência
Nesta sexta-feira (25), informações publicadas nas agências internacionais dão conta de que Brasil e Alemanha estão preparando uma resolução para a Assembleia-Geral da ONU que vai exigir o fim da espionagem e da invasão de privacidade. Em novas declarações a imprensa, a presidenta Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel, condenaram a espionagem generalizada feita pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA.
Os líderes dos países europeus começaram a se indignar, uns após outros, com as ações da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA) e exigem a tomada de medidas, mas ainda a 11 de julho de 2001 o Parlamento Europeu tinha publicado um relatório sobre a Echelon, uma rede de espionagem semelhante, e as consequências nefastas do seu funcionamento para a população e para a vida empresarial da Europa.
Por Vadim Fersovich, na Voz da Rússia
Após as denúncias de que a Agência Nacional de Segurança (NSA) espionou o ex e o atual presidente do México, Felipe Calderón e Enrique Peña Nieto, respectivamente, o chanceler do país, José Antonio Meade, se reuniu nesta quinta-feira (24) com o embaixador dos Estados Unidos no méxico, Anthony Wayne, para analisar o caso.