O congressista republicano Justin Amash prepara uma emenda legislativa para limitar os fundos destinados aos programas de espionagem doméstica da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos.
O ex-consultor norte-americano Edward Snowden, que denunciou atividades de espionagem por parte de agências do governo dos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e estrangeiros, pediu nesta terça-feira (16) asilo temporário à Rússia. O advogado do norte-americano, Anatoli Kutcherena, disse que o pedido foi encaminhado às autoridades russas.
O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) esteve nesta segunda-feira (15) na Embaixada dos Estados Unidos para convidar o embaixador Thomas Shannon a falar ao Senado sobre as denúncias de espionagem de que os EUA teriam interceptado as telefônicas e eletrônica no Brasil. A audiência Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) que ouviria, nesta terça (16), o colunista do jornal britânico The Guardian Glenn Greenwald foi cancelada.
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, informou nesta segunda-feira (15) que não recebeu autorização do governo norte-americano para para prestar esclarecimentos ao Senado sobre as denúncias de espionagem de agências norte-americanas a cidadãos e autoridades brasileiras.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou nesta segunda-feira (15) que aguarda as informações oficiais do governo dos Estados Unidos sobre as denúncias de espionagem de cidadãos brasileiros, por agências norte-americanas. O chanceler disse ainda que considera “insuficientes” os esclarecimentos fornecidos até o momento.
Durante sessão plenária da última sexta-feira (12), deputado estadual Lula Morais (PCdoB), comentou as denúncias de monitoramento de e-mails e telefonemas pela da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos no Brasil.
O Congresso tomou a decisão incontornável diante de sua obrigação soberana: por iniciativa da Senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, será instalada uma CPI da Espionagem para investigar a base de operação da CIA que operou diuturnamente em território brasileiro, pelo menos até 2002. A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos.
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (12), em Montevidéu, no Uruguai, durante entrevista após participar XLV Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que o Brasil, como uma nação soberana que tem o dever proteger os seus cidadãos, merece todos os esclarecimentos sobre as denúncias de suposta espionagem praticada por órgãos de inteligência norte-americanos.
O escândalo de espionagem revelado pelo ex-agente da CIA, Edward Snowden, é destacado em todo o noticiário dos Estados Unidos. Além disso, também ganha espaço os debates sobre a lei de agricultura e reforma migratória no Congresso, assim como o impacto da crise fiscal no Pentágono.
A 45ª Cúpula do Mercosul terminou na sexta-feira (12) com a adesão de um novo membro, a Bolívia, e três duras declarações: todas elas políticas e relacionadas ao escândalo de espionagem, desencadeado pelas revelações Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa que prestava serviço para a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA).
Espionagem global é ponta de gigantesco iceberg. Controle dos fluxos de comunicação é nova arma dos Impérios. Alternativa pode estar no Sul.
Por Julian Assange
Nota-se uma diferença de linguagem na reação do governo brasileiro à ampla invasão do sistema de comunicações de nosso país pelos serviços secretos norte-americanos. A presidente Dilma Rousseff, ainda que ponderada, foi muito mais incisiva do que o chanceler Antonio Patriota.
Por Mauro Santayana*, em seu blog