Mal a nação se refez da surpresa de saber, que, ao se recusarem a assinar moção de repúdio, 86 deputados apoiaram, tacitamente, a espionagem do governo brasileiro e de empresas e de cidadãos nacionais pelos Estados Unidos, e outra notícia nos espanta.
A autoridade de imigração da Rússia disse nesta quarta-feira (24) que o resultado do pedido de asilo de Edward Snowden, ex-agente do serviço de inteligência dos EUA, vai ser publicado dentro de três meses. A declaração rebate a afirmação do advogado russo de Snowden, Anatoly Kucherena, que disse que o período de avaliação do Serviço Federal de Imigração da Rússia para conceder um asilo temporário leva geralmente sete dias.
A utilização de softwares livres, ou seja, programas de internet com códigos abertos, que podem ser copiados e modificados por qualquer pessoa, pode ser uma opção para evitar problemas de espionagem como os que foram denunciados recentemente. A avaliação é do diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni.
Virou clichê dizer que “todos os políticos e partidos são iguais”. É essa também a impressão de uma grande parcela de cidadãos que aderiu às manifestações em todo o país. Para chegar a essa quase-certeza (ou certeza, para os mais convictos), houve a colaboração intensiva da mídia no dia a dia da cobertura política.
Por Celso Vicenzi* no Adital
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) quer aprofundar o debate sobre segurança de dados e preservação da privacidade dos cidadãos na internet. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e chanceleres dos demais sete países que compõem a comunidade analisaram a proposta nesta quinta (18) durante a 18ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP. Na reunião, Patriota ressaltou a necessidade de respeito à soberania e à privacidade.
Pelo menos 63 empresas de tecnologia, investidores e grupos comerciais, pediram nesta quinta-feira (18) ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, maior liberdade para informar periodicamente sobre o número de petições que recebem do governo em seus programas de vigilância.
A chanceler colombiana María Angela Holguín confirmou na última quarta-feira (17) que em uma reunião com o embaixador norte-americano Michel Mc Kinley decidiu enviar uma comissão aos Estados Unidos para esclarecer a espionagem de que teriam sido vítimas.
O emprego de câmeras modernas de vigilância em ruas e estradas dos Estados Unidos permite às autoridades policiais espionar os movimentos de milhões de cidadãos, denunciou nesta quarta-feira (17) a Associação Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês).
Anatoly Kucherena, advogado russo do ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, informou nesta quarta-feira (17) à imprensa que o seu cliente receberá um “asilo temporário” na Rússia, dentro de uma semana. No mesmo dia, o presidente da Rússia Vladmir Putin declarou que Moscou não está disposto a extraditar Snowden a Washington, mas advertiu que “é inaceitável para a Rússia toda atividade que prejudique as relações russo-estadunidenses”.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, declarou, nesta terça-feira (16), que os países-membros do Mercosul buscarão reduzir a dependência tecnológica estrangeira como forma de evitar novas espionagens em telecomunicações.
O ex-consultor norte-americano Edward Snowden, de 29 anos, que denunciou um esquema de espionagem a cidadãos dos Estados Unidos e estrangeiros por agências secretas de seu país, provocou uma onda de escândalos no Brasil e no mundo. Desde junho, quando iniciou as revelações, Snowden trouxe à tona informações sobre o monitoramento a dados privados e a ausência de controle dos Estados, além das suspeitas de invasões dos norte-americanos.
Um professor de sociologia sueco indicou Edward Snowden, o ex-analista da CIA responsável pelo vazamento de informações sobre programas de espionagem dos EUA, para o Prêmio Nobel da Paz, em carta endereçada ao comitê organizador e publicada no jornal Västerbottens-Kuriren, da Suécia.