Com uma caminhada entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Praça Roosevelt, centenas de mulheres protestaram nesta quarta-feira (8) contra o machismo e a cultura do estupro. O protesto “Por Todas Elas” foi convocado pelas redes sociais e acontece em vários lugares do país. Em São Paulo, a caminhada foi pacífica e durou cerca de duas horas, passando pela Avenida Paulista e Rua Augusta.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza na quinta-feira audiência pública para discutir os estupros no Brasil. O foco da audiência são os casos cada vez mais frequentes de estupros nas universidades e outras instituições de ensino superior.
A União Brasileira de Mulheres – UBM de Jaraguá do Sul tomou as ruas da cidade, no sábado (04) para fazer história como o primeiro movimento em defesa da mulher que toma as ruas através do ato denominado “ Pelo Fim da Cultura do Estupro”. Na rede social o evento teve mais de 12.000 convites sendo que mais de 1200 pessoas apoiaram o evento confirmando ou demostrando interesse.
Na semana em que houve uma revolta universal contra um estupro coletivo, divulgado em imagens pelo Twitter, eis que veio a público a declaração do chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Por Urariano Mota*, no Diário de Pernambuco
Por *Arruda Bastos
O termo cultura do estupro ganhou as ruas e as redes. Na avaliação de Luíse Bello, feminista da organização não governamental Think Olga, a cultura do estupro “normaliza a ideia de que o corpo feminino está ali para ser violado” e tem sido discutida no Brasil como nunca antes.
O estupro é culpa de quem? Do estuprador!”, gritaram as centenas de manifestantes que saíram às ruas do centro de Florianópolis, no dia 30 de maio, para protestar contra a cultura do estupro.
Foram realizadas manifestações de mulheres e jovens em pelo menos três cidades do país nesta quarta-feira (1º/6): Lisboa, Porto e Coimbra.
O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) abriu sindicância para apurar a denúncia de que um aluno da faculdade estuprou uma estudante da universidade em uma festa em Sorocaba, no interior paulista. O instituto informou que, após as investigações, tomará as medidas necessárias para que o caso não fique impune.
Diversos protestos ocorreram em várias capitais nesta quarta-feira (1º), para dizer não à cultura do estupro, que faz uma nova vítima a cada 11 minutos no Brasil. Cerca de 16 estados realizaram atos com o tema “Por Todas Elas” em mais de 50 cidades. As manifestações também reivindicam a imediata saída do presidente interino, Michel Temer, da Presidência da República.
Nesta terça-feira (31), deputadas e senadoras realizaram um protesto, portando cartazes e faixas de combate à violência contra a mulher cobrando o fim da chamada cultura do estupro no país. Para a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a manifestação é essencial para que o Congresso retome as discussões sobre o tema.
A adolescente de 16 anos vítima de estupro coletivo terá a sua vida alterada mais uma vez. A jovem deixou nesta terça-feira (31) o Estado do Rio de Janeiro com a família. Jurada de morte por traficantes do Morro da Barão, ela foi incluída no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, do governo federal, e executado pelo governo estadual. O novo endereço da jovem não foi divulgado.