A taxa de desemprego na zona do euro alcançou 11% em abril, contra os 9,9% registrados no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo instituto Eurostat.
Os gregos não são vítimas passivas. Os gregos estão em guerra contra o establishment econômico europeu. Precisam de solidariedade nessa luta, porque a luta dos gregos é a luta de todos nós.
Por Slavoj Žižek*
A política de austeridade e de precarização do emprego capitaneada por Angela Merkel levou a um desespero social que alimenta as tendências mais radicais. Ou a Europa reage agora ou será tarde, diz Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique em espanhol. Ramonet crê que reagirá.
Eleições municipais na Itália favoreceram amplamente a centro-esquerda, em especial o PD, Partido Democrático. Prepara-se o caldo das eleições nacionais no ano próximo. Na Alemanha, eleição “estadual” no reduto da sra. Merkel deu-lhe vigorosa derrota; lá também eleições nacionais serão realizadas em 2013.
Na contramão do que o povo tem escolhido inclusive nas urnas, o Banco Central Europeu voltou a se mostrar irredutível quanto à possibilidade de revisão do impopular pacto fiscal europeu. Em um discurso em Berlim realizado nesta segunda (21), o alemão Joerg Asmussen, membro do Conselho Executivo da instituição, afirmou que o acordo “não deve ser renegociado nem suavizado”, mas apenas complementado com medidas para incentivar o crescimento econômico dos países signatários.
Mais de metade dos jovens desempregados não aparecem nas estatísticas oficiais de desemprego, porque já desistiram de procurar trabalho, declarou nesta terça (15) a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Últimos resultados eleitorais favorecem partidos de esquerda e mostram que população exige mudanças na política econômica
A economia da Eurozona enfrenta em 2012 previsões de uma contração de 0,3%, como parte de um palco de recessão que diminuirá apenas no próximo ano, informaram nesta sexta fontes da comunidade.
A senhora Ângela Merkel, tenha disso consciência ou não, age de acordo com a velha arrogância prussiana, ao convidar François Hollande a visitar Berlim, no próximo dia 16 – logo depois de empossado. Foi quase uma convocação.
Por Mauro Santayana, em seu blog
A melhor metáfora para a ação predatória do sistema financeiro desregulado é a de um ouriço venenoso, cujos espinhos paralisam e fazem degenerar os organismos que toque. Agora o coro dos “austeros” começa a mostrar sinais de cansaço. A eleição de Hollande na França. A ameaça de que o Syriza, liderado por Alexis Tsipras, possa formar um governo de esquerda e denuncie o plano de “austeridade” acendeu a luz vermelha do pânico.
Por Flávio Aguiar
O pânico que havia gerado a possibilidade de convocação de uma consulta popular na Grecia sobre o pacote de ajuste imposto pelo Banco Central Europeu já revelava o que se confirma agora, de maneira ainda mais enfática. As “necessidades” da política de ajuste da UE, do Banco Central Europeu e do FMI se chocam frontalmente com os interesses da grande maioria dos europeus em cada país.
Por Emir Sader*
A Espanha afunda novamente na recessão. É o mais recente golpe à economia europeia no que promete ser uma longa cadeia de más notícias. A crise nunca foi embora.
Por Alejandro Nadal*