Enquanto a tragédia de Gaza desaparecia dos noticiários convencionais, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório abrangente sobre a devastação do território bombardeado por Israel há mais de 50 dias. Para justificar seus vastos crimes de guerra e as mortes de 2.123 palestinos, majoritariamente civis, o Exército israelense voltou a criticar a ONU e a alegar que seus alvos são todos “terroristas”.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Os palestinos anunciaram, nesta terça-feira (26) que chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo duradouro com o regime israelense na Faixa de Gaza. As negociações de paz vêm sendo conduzidas no Egito.
Mais de um quarto da população da Faixa de Gaza fugiu de casa devido aos ataques do regime israelense que começaram há 50 dias, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (25) fizeram crescer o número de palestinos mortos na região, chegando a 2.122 pessoas, incluindo mulheres e crianças. Os feridos passam dos 10 mil.
Cinco pessoas da mesma família, incluindo duas mulheres e duas crianças, morreram num ataque aéreo israelense a uma casa no centro da Faixa de Gaza, informaram neste sábado (23) fontes médicas locais.
Em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (23), no Cairo, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que continuará apostando nas negociações mediadas pelo Egito.
Para o especialista Alfredo Jalife-Rahme, a simultaneidade dos eventos ilumina seu significado: após anunciar a criação de uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, isto é, o dólar, a Rússia está tendo que enfrentar, ao mesmo tempo, a acusação de ter derrubado o jato da Malaysia; o ataque israelense em Gaza, apoiado pela inteligência militar dos EUA e do Reino Unido; o caos na Líbia; e a ofensiva do Estado Islâmico no Levante.
Por Alfredo Jalife-Rahme, no La Jornada
O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu garantiu que a ofensiva contra Gaza continua. Uma série de ataques aéreos conduzia os chamados “assassinatos seletivos” de líderes do Hamas, matando inclusive civis e crianças, na quinta-feira (21), após Netanyahu definir a segurança de Israel como objetivo da “operação” de 44 dias de bombardeios preenchidos por crimes de guerra. O direito internacional, por outro lado, arrisca tornar-se novamente retórico.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Os palestinos não aceitarão nada menos do que o fim do bloqueio israelense na Faixa de Gaza, afirma em um comunicado o vice-chefe da liderança política do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Ismael Hanie.
Nesta quinta-feira (21), o regime israelense decidiu chamar mais 10 mil reservistas do exército para dar mais força aos militares que já estão em campo e seguir a sua ofensiva contra a Faixa de Gaza.
O chefe da liderança política do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mashal, afirmou nesta quinta-feira (21) que o regime israelense perpetra um verdadeiro holocausto na Faixa de Gaza.
No dia 9 de agosto, o palestino refugiado no Brasil, Hassan Rabea, enviou uma carta para a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. No texto, o agora morador de Nova Lima, em Minas Gerais, agradece a líder brasileira pelo apoio que tem demonstrado a Palestina e a receptividade com que o país tem recebido estrangeiros que buscam abrigo.