Em 2017, o estado do Rio de Janeiro registrou aumento no número de feminicídios, que é o assassinato de mulheres por motivo de gênero, derivado geralmente do ódio, desprezo ou sentimento de propriedade sobre elas. No ano passado, foram 88 casos e em 2016 foram 54 registros, o que representa aumento de 62%.
O Brasil é o país com a quinta maior taxa de assassinato de mulheres ou feminicídio. 38% desses crimes são cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas, apontam dados do Datafolha. Ainda de acordo com o instituto de pesquisa 7 mulheres morrem diariamente vítimas de violência doméstica. Foi o caso da professora de Palmas (TO), Danielle Christina Lustosa Grahs, encontrada morta nesta segunda-feira (18). O suspeito é o companheiro de Danielle, o médico Álvaro Ferreira.
A vereadora Eliana Gomes (PCdoB) protocolou, na Câmara Municipal de Fortaleza, projeto de lei que propõe a criação do Dia Municipal de Combate ao Feminicídio, a ser destacado anualmente em 20 de agosto. “Não podemos permitir que os números desta triste realidade continuem a subir e o primeiro passo começa no nosso lar, na nossa cidade”, diz a liderança comunista.
"Violência no Brasil é um fenômeno social articulado a partir do racismo e do patriarcado", diz Bruna Cristina Jaquetto Pereira, pesquisadora visitante da Universidade de Berkeley, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Metade das mulheres mortas por agressões no Brasil, entre 2009 e 2014, foi assassinada dentro da própria casa, conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde. O número inclui crianças e adolescentes. Foram mais de 2,7 mil mortes por violência provocada no período, sendo que em mais de 40% dos casos os autores são familiares, cônjuges ou ex-cônjuges.
No debate sobre a tipificação de crimes, a problemática não é exatamente de pena e, sim, de contexto sociocultural.
Por Ana Lara Camargo de Castro*
A procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), repudiou a morte de Laís Andrade Fonseca, assassinada no sábado (7), pelo ex-companheiro dentro de um carro de polícia, em Minas Gerais.
Metalúrgicas fizeram na manhã desta terça-feira (10) um ato contra a violência à mulher. A manifestação das mulheres ligadas ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se realizou em homenagem à Geyse Andrade Silva, ex-funcionária da Revoluz, assassinada em agosto pelo ex-companheiro, no município de Diadema.
A cidade de Ananindeua, no Pará, tem o maior índice de feminicídios no Brasil registrados em 2015, com 21,9 homicídios para cada 100 mil mulheres. Segundo a pesquisa no DataSus, em 2015 morreram em Ananindeua 40 mulheres por armas de fogo, 12 por objetos cortantes, três por força corporal e uma por sufocamento. O recorte de raça também salta aos olhos: em dez anos, das 343 mulheres assassinadas, 306 eram pardas e negras e 35, brancas.
Em depoimento para a TV Vermelho, Vanja Santos, presidenta nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM), declarou que a luta deve ser geral e unificada contra o atual governo golpista e "vendido". Além disso, ela ressaltou a importância das mulheres aderirem à luta nesse momento dificíl vivido pelo país, para que não haja retrocessos na conquista de seus direitos
A ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e a AMATRA 2 – Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região divulgou em nota a indignação perante ao assassinato da juíza Claudia Zerati, titular da 2ª Vara de Franco da Rocha, morta pelo marido no domingo (20)