Pouco mais de um ano após a reforma trabalhista, o fim do imposto sindical obrigatório desestruturou as finanças dos sindicatos de trabalhadores; por outro lado, entidades patronais ganharam reforços de recursos por meio do chamado "Sistema S" – conjunto de organizações que inclui Senai, Sesc, Sesi e Sebrae mantidas com contribuições recolhidas da folha de pagamento de empresas.
Por Rute Pina
A elite do empresariado paulistano tem um novo mascote. A Fiesp aposentou o pato amarelo da campanha contra a carga tributária e pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em seu lugar, adotou um sapo verde, símbolo de uma ofensiva contra os juros altos, que parece poupar a gestão Michel Temer. Em ano eleitoral e tendo o seu presidente Paulo Skaff como pré-candidato ao governo do Estado, a entidade elegeu o sistema financeiro como alvo das críticas.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB-SP), um dos principais fiadores do golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, se reuniu neste domingo (23) durante quatro horas com Michel Temer, em São Paulo.
“O Pato da FIESP é uma farsa. A sua verdadeira intenção era de surrupiar os direitos adquiridos dos trabalhadores através da malfazeja reforma trabalhista e da lei da terceirização. Nem mesmo o combate à corrupção ou o congelamento de impostos era verdadeiro”.
Por *Arruda Bastos
Nesta sexta-feira (21), o pato amarelo voltou à Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A instituição protesta contra ao aumento das alíquotas do PIS e da Confins sobre combustíveis, que tem impacto não apenas sobre o setor industrial, mas em toda a economia.
A lua de mel dos empresários com Michel Temer durou pouco. Se a política econômica há muito provoca insatisfação, a pá de cal no romance parece ser a alta de impostos sobre combustíveis. Em notas oficiais, as entidades do setor produtivo avaliaram que a medida vai atrasar a recuperação da economia. “Indignado”, nesta sexta (21), o pato amarelo da Fiesp, que esteve na linha de frente do golpe contra Dilma Rousseff, voltou à Avenida Paulista.
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, neste sábado (24), aponta que a maioria dos brasileiros quer a saída de Michel Temer, sendo que 76% da população querem sua renúncia e 81% defendem o impeachment. A pesquisa indica também que 83% dos entrevistados querem a convocação de eleições diretas para presidente.
“Parte dos brasileiros se deixou levar pelo pato da Fiesp, mídia golpista e partidos políticos reacionários e envolvidos em todo tipo de falcatrua. Eles iludiram os incautos e os transformaram em ‘patos’. Hoje, esse grupo encontra-se arrependido e entendem que todos nós vamos ‘pagar o pato’ com as reformas trabalhista, previdenciária e a terceirização irrestrita promovida por esse governo ilegítimo".
Por *Arruda Bastos
Segundo José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a medida atende a meia dúzia de petroleiras.
A Secretaria estadual de Meio Ambiente de São Paulo alterou o mapeamento de área de proteção ambiental a pedido da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em trocas de mensagens eletrônicas, a entidade patronal pedia discrição nas mudanças, para que estas passassem desapercebidas.
"Todos os nossos atos são pacíficos e organizados. Em todos os atos fazemos reuniões com o comando da Polícia Militar, onde são definidos trajetos e tempo do ato. Já fizemos, inclusive, reuniões com a própria FIESP para evitar conflitos". Este é um trecho da nota divulgada nesta quarta-feira (14) pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) contestando a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que responsabilizou a central pela ocupação no prédio da entidade nesta terça-feira (13).
Até mesmo apoiadores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff começam a se dar conta de que o golpe é também contra a indústria nacional. Entidades representativas de fornecedores de bens e serviços ao setor de petróleo e gás natural do país e federações nacionais da indústria agora pressionam para que Michel Temer não leve adiante mudanças radicais na Política de Conteúdo Local (PCL) do setor de petróleo.