O “choque de credibilidade” que o Governo Temer traria ao país, ao que parece, era só “cosquinha”. Em um mês de usurpação, o que foi feito? O “rombo” nas contas públicas, ao menos sob a ótica contábil, aumentou. Há um “exagero” quase que unanimemente reconhecido, alinhado à “máxima” de Henrique Meirelles de que deve-se prometer pouco para entregar mais.
Por Fernando Brito*
O vice vestiu a faixa com extensa lista de restos a pagar. Ao saldar as dividas, vê sua popularidade desmoronar. Mas é a mobilização popular que poderá frustrar sua trajetória trágica.
Por Guilherme Boulos
Perto de completar um mês de governo ilegítimo, Michel Temer é alvo de protestos que aconteceram no Brasil e em dezenas de cidades fora do país. São Paulo reuniu 100 mil pessoas; Minas Gerais 40 mil; Rio de Janeiro 30 mil, Pernambuco 30 mil; Brasília 10 mil. Centenas de milhares de pessoas gritaram Fora Temer nesta sexta-feira, (10).
Professores da Universidade de Brasília (UnB) realizaram, na última quarta-feira (8), a assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB). O encontro, que discutiu a atual conjuntura do país, reuniu 148 docentes. A maioria dos presentes manifestou opinião contrária ao governo Michel Temer e afirmou que a presidenta afastada, Dilma Rousseff,foi alvo de um golpe.
A categoria petroleira norte-rio-grandense aderiu em peso à greve nacional de 24 horas, deflagrada nesta sexta-feira (10). O movimento atinge as principais bases administrativas e operacionais do Estado, repudiando as ameaças à integridade da Petrobrás e a intenção do governo ilegítimo de Michel Temer de por fim ao regime de partilha na exploração do pré-sal.
Várias manifestações ocorreram nesta sexta-feira em várias capitais da Europa e nos Estados Unidos de brasileiros que foram às ruas para denunciar o governo ilegítimo de Michel Temer e o processo ilegal do impeachment no Brasil, que fere a democracia, barra as investigações relacionadas ao combate à corrupção.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (10) do ato na avenida paulista, em São Paulo, contra o governo de Michel Temer. Lula afirmou que o presidente provisório “chegou ao poder através de um golpe dos fascistas, conservadores e dos direitistas deste país”. “Não é possível que as pessoas não se dêem conta de que eles querem fazer um desmonte neste pais”, ressaltou.
Por Railídia Carvalho
Fortaleza se mobilizou mais uma vez para bradar em uníssono: Fora Temer! Organizados pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo representantes de diversas frentes dos movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos, trabalhadores do campo e da cidade se somaram às manifestações populares realizadas em todo o país nesta sexta-feira (10/06), no Dia Nacional de Mobilização e Paralisação.
A adaptação do clássico Carmina Burana, de Carl Orff, foi apresentada nesta sexta-feira (10) durante a manifestação contra o golpe feita por músicos do Rio de Janeiro, acompanhada por um coro de 50 mil pessoas. A versão foi executada a primeira vez na ocupação da sede fluminense do Ministério da Cultura e desde então já fez parte de várias manifestações contra o governo golpista, mostrando um forte engajamento dos artistas.
Durante o ato realizado em São Paulo contra o presidente interino Michel Temer, a presidenta da UNE, Carina Vitral, denunciou o teor “machista e misógino” do governo provisório que excluiu as mulheres da equipe ministerial. “A ausência de mulheres nos ministério sé um absurdo. Este golpe é machista, é contra as mulheres, é misógino”, disse.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira (10) durante o ato Fora Temer na avenida paulista, em São Paulo, representantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo afirmaram que o movimento social não vai aceitar retrocesso nos direitos sociais e trabalhistas e que a resistência ao golpe vai se intensificar. Milhares de pessoas participam do ato político e musical na capital paulista, que, assim como em diversas capitais brasileiras, denuncia o governo golpista de Michel Temer.
Na tarde desta sexta-feira (10/6), milhares de baianos foram às ruas do centro de Salvador para pedir o fim do governo interino de Michel Temer e defender a democracia. A atividade, que aconteceu em vários estados do país, foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.