Cerca de 100 manifestantes contrários a extinção do Ministério da Cultura (MinC) e ao Governo Interino de Michel Temer, ocuparam na noite de quinta-feira (19) o escritório do extinto MinC localizado no Largo da Alfândega em Florianópolis.
Após a explícita declaração do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), defendendo o fim do Sistema Único de Saúde, o economista Francisco Funcia vê na ação no Congresso Nacional um caminho para combater o desmonte da saúde pública no Brasil. Para ele, o combate ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 143/2015 e a aprovação da PEC 01/2015 são as alternativas para enfrentar o subfinanciamento do SUS, no ilegítimo governo Temer.
Por Railídia Carvalho
São 12 prédios ocupados em todo o país contra extinção do Ministério da Cultura pelo governo golpista de Michel Temer. A atriz Andréa Beltrão esteve nesta semana no palácio Capanema, no Rio de Janeiro, apoiando o protesto. Ela considerou como grave a extinção do MinC. "Não é só pela questão financeira e produçoes mas pelo retrocesso". Andréa declarou "Fora Temer" e mandou um recado irônico: "Nós, mulheres, não somos do lar, somos da vida".
"A extinção do MDA revela a subserviência do Governo Temer aos desejos dos setores especuladores da dívida pública e da bancada ruralista que não aceitam a identidade e o protagonismo da agricultura familiar". Este é um dos trechos divulgados nesta quarta-feira (18) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) após o anúncio nesta semana do fim do ministério do Desenvolvimento Agrário. Para a entidade a iniciativa é um retrocesso na reforma agrária e agricultura familiar.
Historiador de formação, Célio Turino se tornou um importante pensador e elaborador de políticas públicas para a cultura. Entre os anos de 2004 e 2010 exerceu o cargo de Secretário de Cidadania Cultural, durante as gestões de Gilberto Gil e posteriormente de Juca Ferreira como ministros da Cultura no Governo Lula. Ele concedeu entrevista à revista Raiz após a decisão do governo provisório de extinguir o Ministério da Cultura.
A recente medida do governo ilegítimo de Michel Temer, que golpeou o programa Minha Casa, Minha Vida, foi repudiada em nota, divulgada nesta quinta-feira (19) pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge). Na terça-feira (17), o ocupante do ministério das cidades, Bruno Araújo (PSDB), revogou autorização para a construção de 11.250 unidades do programa.
Na manhã desta quinta-feira (19), na tribuna da Casa Legislativa do Estado, o deputado Cesar Valduga (PCdoB) criticou as ações do vice-presidente Michel Temer à frente da Presidência da República
Suspender a extinção da Controladoria Geral da União (CGU); do Ministério da Cultura (Minc); do ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos; restaurar a estrutura e as competências dos Ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA); e unificar o Ministério do Trabalho e Previdência Social estão entre objetivos das seis emendas da deputada federal Angela Albino (PCdoB-SC) protocoladas nesta quarta-feira, 18, à Medida Provisória 726/2016.
A intenção é parar o bairro Benfica, em Fortaleza. Mais de 2,5 mil pessoas confirmaram presença no ato “Fora Temer: Contra o golpe, em defesa do Ministério da Cultura e dos direitos sociais”, movimento independente e apartidário, organizado por setores das juventudes, estudantes e artistas. O intuito da manifestação é demarcar a posição inteiramente contrária a qualquer tipo de golpe.
Hoje foi a vez de Florianópolis (SC) fazer o ato pela cultura em frente ao IPHAN, que fica na Praça dos Bombeiros. A manifestação reuniu artistas de teatro, cinema, circenses, bailarinos, escritores, cantores, trabalhadores da cultura, agentes culturais, pontos de cultura, tudo numa só voz pedindo o Fora Temer. Para o movimento uma nação sem cultura é uma nação sem alma.
A deputada Federal Angela Albino (PCdoB-SC) defende o plebiscito sobre novas eleições e enalteceu legado social dos últimos 13 anos de governo popular. Ocupando a tribuna, em nome dos mais de 54 milhões de votos que reelegeram a primeira mulher presidenta da República, afirmou que “Michel Temer não traiu somente a confiança da Presidenta Dilma, traiu também os 54 milhões de brasileiros e brasileiras que votaram em um projeto de país soberano, mais justo e inclusivo.
Em todo o país, a população demonstra que o governo ilegítimo de Michel Temer não representa o povo brasileiro. Diversas represtentações artisticas, culturais e políticas estão ganhando a cena nacional, para denunciar um grupo que perdeu as eleições e chegou ao poder de forma indireta, desrespeitando o recado das urnas e ferindo o jovem regime democrático.