As acusações infundadas da Força Tarefa da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentadas em espalhafatosa coletiva de imprensa nesta quarta-feira (14), ganharam destaque em alguns dos principais jornais do mundo tanto pela gravidade das acusações quanto pela ausência de provas que as sustentem.
Por Diego Sartorato, na AGPT
O juiz de Direito Gerivaldo Neiva, da Comarca de Conceição do Coité, na região nordeste da Bahia, foi exonerado a pedido próprio do cargo de membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça (MJ). O pedido de desligamento do colegiado aconteceu após a cassação do mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Babesp revelou que que 73,9% dos moradores de Salvador acreditam que o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff foi um golpe. A maioria dos soteropolitanos ouvidos – 74,6% – também responderam que foram contrários ao afastamento definitivo de Dilma.
Depois de muito se debater o impasse sobre a presidência pró-tempore do Mercosul, os chanceleres da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai decidiram, nesta terça-feira (13), que a presidência do bloco não será exercida pela Venezuela. Ameaçam ainda suspender o país em dezembro. A decisão não está de acordo com as regras que garantem uma transição rotativa seguindo a ordem alfabética.
Uma vez mais o ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, jogou a política externa "altiva e ativa" no bueiro. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou – gratuitamente – que a Venezuela “é um país fora de controle”. Imediatamente a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, manifestou seu repúdio às declarações “descaradas e imorais” do Brasil.
Um grito se fez ouvir em diferentes oportunidades nos dias 10 e 11 de setembro na Vila do Mundo, espaço internacional da Festa do Humanité que mobiliza habitualmente cerca de meio milhão de pessoas nas suas inúmeras atividades políticas, culturais, esportivas, lúdicas, gastronômicas. Foi o grito da palavra de ordem da esquerda e das forças populares brasileiras; “Fora, Temer!”, uma exigência explícita de destituição do novo “presidente” do Brasil que não foi ungido pelas urnas.
Um político brasileiro, golpista, vingativo, corrupto, arrogante, meio desequilibrado, caiu estrepitosamente. Foi Eduardo Cunha, o mesmo que desencadeou o golpe parlamentar que retirou da presidência da República, sem culpa formada, a primeira mulher brasileira que tinha sido eleita para o cargo.
A jornalista Eleonra de Lucena, denuncia censura do jornal argentino Clarin em um artigo seu. Segundo a repórter especial da Folha de São Paulo, um artigo enviado por ela para o periódico do país vizinho sobre o golpe no Brasil foi considerado muito incisivo.
Após 43 anos do golpe de Estado que derrubou o governo de Salvador Allende no Chile, o pensador latino-americano Atilio Borón faz uma análise, à luz do processo chileno, dos recentes acontecimentos que violaram a ordem democrática da América Latina.
Por María Julia Giménez
O impeachment da presidenta Dilma Rousseff não foi o desfecho do golpe e muitas surpresas negativas ainda podem vir por aí. A avaliação é da historiadora e doutora em ciências políticas Isabel Lustosa. Para ela, contudo, a reação que surge nas ruas à destruição de conquistas que vêm desde a Constituição de 1988 pode complicar os planos das forças que tomaram o poder.
Por Joana Rozowykwiat
O texto de apresentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no livro “O Brasil que queremos”, que acaba de ser lançado, não deixa dúvidas: “hoje vivemos uma situação de crise, em que a direita, cansada de perder as eleições e sem um verdadeiro compromisso com a democracia, buscou o atalho da ilegalidade para tentar terminar com essa experiência fundamental para o nosso povo e nossa democracia”.
Nove dias foram suficientes para deixar a olho nu as divisões políticas que separam a América Latina, especialmente após o impeachment de Dilma Rousseff no Brasil.
Por Vinícius Mendes