Desde a derrota nas urnas com a vitória da presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2014, os tucanos atuam para tentar impor um golpe contra o mandato legitimado pelo voto. A estratégia inconformista dos tucanos, encabeçada por Fernando Henrique Cardoso, foi a judicialização da política. Nesta quinta-feira (10), a cúpula tucana se reuniu em Brasília para planejar o que eles sonham ser o desfecho do golpe.
A Frente Brasil Popular, de Campinas e região, montou uma agenda com um conjunto de ações imediatas para barrar o golpe contra o estado democrático de direito no Brasil. A abertura do processo de discussão sobre a abertura do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff, pôs um golpe antidemocrático está em marcha. A FBP reúne movimentos populares e sociais, sindicatos e centrais, e partidos políticos progressistas.
por Pedro Benedito Maciel Neto
Questionado pelos jornalistas sobre o julgamento da ação do PCdoB que questiona as manobras impostas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na análise do pedido de impeachment, o ministro Gilmar Mendes, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar o processo com “cuidado”.
Durante palestra em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (10), o vice-presidente da República Michel Temer reafirmou que acertou os ponteiros com a presidenta Dilma Rousseff na reunião que os dois tiveram na quarta (9).
Um time de peso de sambistas do Rio de Janeiro, incluindo Beth Carvalho, divulgou, nesta quarta (9), um manifesto contra a tentativa da oposição de promover o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No texto, os músicos classificam a abertura de processo para a afastar a governante democraticamente eleita como um “golpe”.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) divulgaram nota conjunta em que critica os fatos ocorridos no parlamento e afirmam esperar “dos que receberam a outorga do povo brasileiro para administrar e legislar em prol dos interesses da nação o máximo empenho na busca de um caminho seguro para sair da grave crise política e econômica que nos aflige”.
Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a tentativa de golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff geraria insegurança jurídica, pois a insatisfação de uma parcela da sociedade passaria a ser motivo para quebrar o rito das eleições e depor um presidente eleito pelo voto direto.
Apesar do notório jogo de chantagem e escancaradas manobras para impor um golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se diz evangélico, declarou que ele não comete nenhum crime.
A presidenta Dilma Rousseff divulgou nota em que afirma que no encontro entre ela e o vice-presidente Michel Temer ambos decidiram ter “uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente”.
Para evitar nova afronta à Constituição, parlamentares do PCdoB, PT, PDT, PSOL, PSB, Rede, PTN e PTdoB protocolaram representação na Procuradoria Geral da República (PGR) nesta quarta (9), pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do comando do processo de impeachment na Casa.
Em defesa da democracia e contra o impeachment, pelo Fora Cunha e não ao ajuste fiscal. Unificados em torno destas bandeiras, os movimentos sociais brasileiros, unidos na Frente Brasil Popular, vão tomar as ruas no próximo dia 16 em uma mobilização nacional.
Por Dayane Santos