As presidências da Câmara e do Senado decidiram, nesta quinta-feira (19), retirar os manifestantes pró-impeachment acampados desde outubro no gramado em frente ao Congresso Nacional. OS golpistas tem 48 horas para deixar o local. O grupo é formado principalmente por integrantes do Movimento Brasil Livre e manifestantes que pedem a volta da ditadura militar no Brasil.
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou que a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Federal investiguem a existência de armas ou de materiais perigosos no acampamento do grupo ligado à oposição golpista, o Movimento Brasil Livre (MBL), que montou um acampamento em frente ao Congresso Nacional.
A entrevista do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga dada à Folha de S. Paulo de hoje (17/11) é terrorismo econômico puro, além de mostrar seu alinhamento com golpistas inconformados com a derrota eleitoral do ano passado. Ele propõe uma espécie de programa econômico neoliberal 2.0, com base num modelo fracassado e que deveria ter sido soterrado com as paredes de Wall Street que desmoronaram na crise de 2008.
Por Sibá Machado*
Em entrevista coletiva durante evento do partido em Brasília, nesta terça-feira (17), o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, afirmou que o partido não vai sair da base de apoio do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Os atos convocados pelos golpistas vêm perdendo o fôlego. O último aconteceu neste domingo (15), Dia da Proclamação da República, e reuniu cerca de duas mil pessoas em Brasília. Com isso, o projeto de governo dos tucanos – tomar o poder por meio de um golpe – vai minguando cada vez mais.
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), em nota oficial em nome da bancada, informou ter solicitado ao Ministério da Justiça que acione a Polícia Federal para investigar a atuação de grupos golpistas acampados nas imediações do Congresso Nacional. O pedido ocorre em razão da prisão, na quinta-feira (12), pela Polícia Civil do Distrito Federal, de um manifestante que portava uma arma de fogo e diversas armas brancas em seu carro, estacionado junto ao acampamento em frente ao Congresso.
O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira afirmou que não há motivos para um impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, as tentativas de derrubar a petista têm origem no “ódio” que a classe média tem do PT e no “oportunismo de alguns deputados”. Uma saída de Dilma “seria um caos”, avaliou. “Até eu iria para a rua. Nunca vou para a rua, sou um intelectual, mas se houvesse um impeachment com as razões que eles têm aí, pedaladas, TCU, eu iria”, disse ele, um dos fundadores do PSDB.
Durante palestra em uma faculdade em São Paulo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou que o país não deve embarcar em um "golpe institucional" que, segundo ele, pode por em risco as instituições democráticas.
Em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, na terça-feira (10), o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que a oposição não tem propostas para o país, mas apenas uma pauta única: tentar impor o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Por motivos óbvios, a mídia patronal sempre foi radicalmente contra as greves dos trabalhadores. Ela só apoia uma “paralisação” quando esta tem objetivos sinistros. Assim foi no Chile, em 1972, quando o jornal El Mercurio estimulou o locaute dos caminhoneiros, que ajudou a criar o clima para o golpe que depôs o presidente Salvador Allende e resultou na ditadura sanguinária de Augusto Pinochet.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Como a mobilização em favor de golpista não teve a adesão dos trabalhadores caminhoneiros, a grande mídia agora tenta mudar o foco e transformar a ação do governo para garantir o abastecimento numa ação de cerceamento do direito de manifestação.
Apesar dos depoimentos dos delatores sempre ocuparem as manchetes dos jornais da grande imprensa, o depoimento do delator e dono da UTC Ricardo Pessoa, prestado ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, nesta segunda (9), na ação que investiga o ex-ministro José Dirceu, não teve o mesmo destaque.