Aprovada em dois turnos na Câmara dos deputados, a reforma da Previdência em tramitação no Senado vai aumentar a desigualdade social e de renda no Brasil. Ao atingir grande massa de pessoas que recebem baixos salários ou aposentadorias, as novas regras ampliarão o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. É o que avaliam especialistas que participaram, nesta quinta-feira, de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.
A taxa de desemprego entre a população de 18 a 24 anos superou o dobro da média geral no 2º trimestre deste ano. Enquanto a desocupação entre os jovens ficou em 25,8%, o percentual total foi de 12%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 4 milhões de jovens estão sem emprego no País. Ao todo, são 12,7 milhões de desempregados.
A Justiça Federal negou nesta quinta-feira (15) recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e manteve válida a liminar que determinou a reintegração de 11 peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Eles haviam sido exonerados do órgão conforme um decreto assinado em junho pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Quando Matheus Dominguez tinha 16 anos, o YouTube lhe recomendou um vídeo que mudou sua vida. Ele fazia parte de uma banda em Niterói, uma cidade cercada de praias no Brasil, e estudava violão assistindo tutoriais online. O YouTube havia instalado recentemente um poderoso sistema de inteligência artificial que aprendia a partir do comportamento de seus usuários e os pareava a vídeos com recomendações de outras pessoas.
Por Max Fisher e Amanda Taub
Nada menos que 3,35 milhões de desempregados no País procuram trabalho há pelo menos dois anos. Isso equivale a 26,2% (ou cerca de uma em cada quatro) pessoas no total de desocupados no Brasil.
O desmonte de setores fundamentais do governo do país, como educação e meio ambiente, praticado pelo presidente Jair Bolsonaro, e a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Democracia foram objetos do discurso do deputado estadual João Paulo (PCdoB-PE) durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) na terça-feira (13).
Mais de 40 universidades e institutos federais já criticaram o “Future-se”, o mais privatista dos programas do governo Bolsonaro (PSL) para a educação. A medida, anunciado pelo MEC (Ministério da Educação), abre as instituições públicas de ensino superior para a entrada desenfreada de recursos e projetos da iniciativa privada. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foram além e já se manifestaram oficialmente contra a adesão ao programa.
O 3º Grande Ato Nacional em Defesa da Educação, nesta terça-feira (13), levou 1,5 milhão de manifestantes às ruas de 205 cidades do País, conforme a UNE (União Nacional dos Estudantes). Na principal manifestação, em São Paulo, 100 mil pessoas saíram em caminhada do Masp, na Avenida Paulista, até a Praça da República. Em Brasília, houve uma marcha unificada com as mulheres indígenas ali acampadas. As entidades estudantis anunciaram, no começo da noite, a data do próximo ato: 7 de setembro.
A última pesquisa XP-Ipespe, divulgada no final da semana passada, mostrou que, no período em que o presidente disparou sua metralhadora de asneiras, a reação do eleitorado foi dupla: de um lado, houve aumento na rejeição; de outro, o seu apoio se consolidou. Entre abril e agosto, enquanto a avaliação do seu governo como ruim ou péssimo subiu de 26% para 38%, sua avaliação como bom ou ótimo ficou bastante estável, oscilando na faixa de 33% a 35%.
Por Pablo Ortellado*
A professora brasileira-suíça Deila Wenger costuma se deslocar de São Paulo para Berna, a capital da Suíça, durante o verão europeu (de meados de junho a começo de setembro) para dar aulas de português intensivo numa escola de línguas local. Os alunos, em sua grande maioria, normalmente têm planos de visitar o Brasil. Mas a rotina de mais de 20 anos foi interrompida neste ano por algo inédito: não apareceu um só aluno interessado em aprender português.
Por Assis Moreira
As 27 capitais e as principais cidades brasileiras serão palco, nesta terça-feira (13/8), de grandes manifestações populares contra os desmandos e os retrocessos do governo Jair Bolsonaro (PSL). Sob o lema “Em Defesa da Educação, Aposentadoria, Trabalho, Salário e Saúde Pública”, os protestos são liderados pelo movimento estudantil – especialmente a UNE –, pelas centrais e sindicatos de professores, além das Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular.
Pelo segundo trimestre seguido, a economia apresentou retração, conforme informou, nesta segunda-feira (12), o Banco Central. Assim, o Brasil deve entrar, oficialmente, em “recessão técnica” sob os primeiros seis meses do governo Jair Bolsonaro (PSL). Considerado uma “prévia do PIB”, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,13% no segundo trimestre (abril a junho), comparado com o período de janeiro a março.