Os números comprovam: após 17 dias de paralisação, a greve dos bancários já fechou mais de nove mil agências em todo o país. Desde 1990, esta revela-se ser a maior greve da categoria.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rompeu o silêncio e convidou o coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, para uma reunião de negociação às 16 horas desta quinta-feira (13), para tentar acabar com a greve da categoria, iniciada em 27 de setembro e que mantém mais de 9 mil agências bancárias fechadas em todo o país.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse que os senadores podem ter um importante papel ajudando nas negociações entre o governo, patrões privados e as diversas categorias atualmente em greve, como empregados dos Correios, bancários e profissionais da educação.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse, nesta terça-feira (11), que os senadores podem ter um importante papel ajudando nas negociações entre o governo, patrões privados e as diversas categorias atualmente em greve.
Centenas de servidores públicos bloquearam nesta quarta-feira (12) o acesso a diversos ministérios gregos em protesto contra uma nova lei que corta 30 mil vagas no funcionalismo estatal até o fim de 2011 e reduz salários e previdência.
O Comando Nacional dos Bancários orienta que todos os sindicatos do país fortalecerem e ampliem a greve da categoria, que já dura 15 dias. Na reunião desta terça-feira (11), em São Paulo, ficou estabelecido que na sexta-feira acontecerão atos políticos em todo país. Além disso, serão solicitados encontros com a presidente Dilma Roussef e o presidente Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal.
“Foi um movimento que nós trabalhadores nos orgulhamos. Agora, acataremos a Justiça de cabeça erguida, com o sentimento de missão cumprida. Por outro lado, a empresa não conseguiu impor todas as suas vontades”, ponderou Divisa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas dos Correios de São Paulo.
Acontece neste momento uma manifestação na Praça Patriarca, no Centro de São Paulo, que reúne cerca de 500 bancários. Trajados com roupas vermelhas, O ato é um protesto contra o silêncio das instituições financeiras, que desde o dia 24 de setembro não apresentaram nova proposta,. A categoria está em greve há 15 dias.
Após suspender a greve que durou 63 dias, representantes dos professores da rede estadual de ensino e do Governo do Estado realizaram na última segunda-feira (10/10), uma nova reunião para encaminhar propostas com o objetivo de por fim à greve. A segunda-feira também foi marcada pelo retorno às aulas nas escolas estaduais.
Reunidos em assembleia na útlima segunda-feira (10/10), no 14º dia de greve, os bancários do Ceará deliberaram pela continuidade da paralisação e pelo fortalecimento do movimento. O silêncio dos bancos e a falta de perspectiva de negociação têm impulsionado a crescente adesão dos bancários cearenses à greve nacional.
O Comando Nacional dos Bancários deve endurecer a greve a partir desta terça-feira (11), quando está marcada uma assembleia, às 10h, com dirigentes de todo o país, em São Paulo. A ideia é ampliar ainda mais a paralisação. A reação vem depois das notícias, divulgadas na grande mídia, de que a presidente Dilma Rousseff orientou sua equipe a adotar posição firme contra a greve dos bancários, descontando os dias da paralisação.
Trabalhadores entendem que fechamento ao diálogo vai apenas fortalecer a greve, que já é vista como a maior dos últimos 20 anos, com a adesão dos funcionários de quase nove mil agências em todos os estados.