Integrantes do coletivo de comunicadores La Cigarra, no Paraguai, denunciaram que uma pessoa desconhecida entrou em uma reunião convocada para coordenar a cobertura da greve geral de 26 de março. Uma das integrantes do grupo reconheceu o intruso como um militar que realiza a segurança do Palácio do Governo.
O movimento colombiano “Dignidade Cafeeira” anunciou, na última segunda-feira (24), sua participação na greve nacional agrária convocada para o próximo 28 de abril que ocorrerá caso o governo não cumpra os acordos negociados em 2013.
A coordenadoria Paraguai Para, Uruguai Acompanha, foi criada no Uruguai por membros da sociedade civil organizada e movimentos sociais para declarar apoio e solidariedade ao povo paraguaio. O coletivo produziu um vídeo de apoio à greve geral que começa nesta quarta-feira (26), no Paraguai, além de uma carta de rechaço ao presidente Horácio Cartes. Haverá também uma manifestação na embaixada do Paraguai em Montevidéu.
Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho
Há um dia da greve geral, provavelmente a maior dos últimos 18 anos, o Paraguai vive forte tensão. Convocada em rechaço à política econômica e social do governo entreguista do presidente Horácio Cartes, que junto com o empresariado do país busca minimizar os impactos do protesto, os paraguaios saem às ruas nesta quarta-feira (26) para exigir justiça, liberdade, melhores condições de trabalho e terra para os camponeses.
A CTB emitiu, nesta segunda-feira (24), uma nota de apoio à greve geral no Paraguai que começa na quarta-feira (26). A entidade ressalta o repúdio às políticas entreguistas do presidente Horácio Cartes, como a Lei de Aliança Público Privada, e se solidariza com a luta por justiça, liberdade e terra dos camponeses de Curuguaty, vítimas do massacre em 15 de junho de 2012.
Fortalecer e regulamentar a negociação coletiva foram as principais reivindicações apresentadas por representantes de servidores públicos e de centrais sindicais, nesta segunda-feira (24), na audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) sobre o projeto que regulamentará o direito de greve no serviço público.
O dirigente da Federação Nacional Camponesa, Marcial Gómez, disse que os do campo e da cidade estão unidos no Paraguai impulsionando a greve geral convocada para esta quarta-feira (24) e reclamando a revogação da privatizadora Lei de Aliança Público-Privada.
A Frente Guasu, coalizão de partidos e organizações sociais paraguaias, disse neste domingo (23) que o governo responde com repressão o chamado à greve geral e ratificou o apoio a mobilizações em Assunção e 12 departamentos do país.
A anulação da chamada Lei de Aliança Público-Privada (APP), instrumento para a privatização das empresas estatais, se converteu em uma das principais bandeiras da greve geral convocada pelos sindicatos e organizações camponesas e sociais no Paraguai.
A adesão em massa à convocação para greve geral e o duro debate entre centrais sindicais organizadoras da paralisação nacional e o governo marcou a semana que termina no Paraguai.
Os servidores municipais de Ribeirão Preto (SP) decidiram entrar em greve a partir desta quarta-feira (19), ao rejeitarem a proposta feita pela prefeitura. A prefeitura de Ribeirão Preto será oficializada da decisão dos trabalhadores pela greve, nesta quinta-feira (20), respeitando a legislação que tem como prazo o mínimo de 72 horas mediante decisão da assembleia.
Há 34 dias os presos políticos de Curuguaty (massacre que impulsionou o golpe ao presidente Fernando Lugo em 2012), estão em greve de fome no Paraguai. Na próxima quarta-feira (26) o país começa uma greve geral contra as políticas entreguistas do presidente Horácio Cartes e em defesa dos presos políticos. A Frente Guasu (coalizão dos partidos de esquerda) pede aos líderes e movimentos sociais latino-americanos para voltarem os olhos ao Paraguai, enviarem apoio e serem solidários a esta causa.