“Na Guatemala, é mais econômico matar do que negociar. Faz parte da estratégia neoliberal”, sustentaram em uníssono nesta quarta (7), dirigentes da CUSG (Confederação de Unidade Sindical da Guatelama), CGTG (Central Geral de Trabalhadores da Guatemala) e Unsitragua (União Sindical de Trabalhadores da Guatemala), as três sindicais guatemaltecas presentes ao encontro internacional promovido pela Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) em San José, Costa Rica.
Em Puerto Quetzal, no litoral Pacífico, é latente o enfrentamento do movimento sindical da Guatemala contra o governo do presidente Otto Pérez Molina, reconhecido como “major Tito Arias”, ex-parceiro de armas do genocida Ríos Montt nos anos de 1980.
A cada dia nascem na Guatemala 1.200 crianças, das quais 1.067 sobreviverão. Pelos efeitos da desnutrição, 591 destas terão comprometida sua capacidade cognitiva e passarão fome no país exportador de alimentos.
Por Monica Fonseca Severo*, no ComunicaSul
A Guatemala registrou 412 mortes violentas de mulheres no primeiro semestre de 2013, o que significa um aumento de 25% desses casos em comparação com o mesmo período do ano passado, revelou pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17).
O Tratado de Livre Comércio (TLC) firmado entre os Estados Unidos e a Guatemala completou sete anos de vigência no dia 1º de julho, estampando as chagas da desnutrição, da miséria e da dependência da nação maia.
Por Leonardo Wexell Severo*, da Guatemala
A Pesquisa Nacional de Condições de Vida da Guatemala realizada em 2011 aponta que existem no país 850 mil e 937 meninas e meninos trabalhadores entre 7 e 17 anos. Dos mais de um milhão e 239 mil crianças menores de 14 anos que trabalham na América Central, 61,8% são guatemaltecas. Destas, a maioria é indígena, concentrada na faixa etária entre 10 e 14 anos. Esta pequena mão de obra é atualmente responsável por 20% do PIB nacional.
Por Leonardo Wexell Severo
A Rede de Comunicação Colaborativa ComunicaSul viajará à Guatemala entre os dias 29 de junho e 7 de julho para dar visibilidade à onda de assassinatos de lideranças dos trabalhadores, à repressão e à perseguição às suas entidades. A solicitação foi feita pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e pela Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) que definiram 2013 como “Ano Internacional de Solidariedade à Guatemala”.
Estampando seu racismo, conglomerados de comunicação guatemaltecos fazem campanha para blindar o general Rios Montt, ex-ditador financiado pelos EUA e armado por Israel.
Por Leonardo Wexell Severo*
A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou "lamentável" a anulação da sentença conferida ao ex-ditador da Guatemala, José Efraín Ríos Montt, mas considerou que este "não é o final da história".
A Comissão Internacional de Juristas (CIJ) condenou a decisão emitida na segunda-feira (20) pela Corte de Constitucionalidade da Guatemala que anula a decisão segundo a qual o ditador guatemalteco, Ríos Montt, teria que cumprir 80 anos de prisão por genocídio e crimes de guerra. La CIJ considerou que esta medida constitui um retrocesso na busca da justiça na Guatemala.
Dez dias após ser anunciada a condenação do ex-ditador guatemalteco, José Efraín Ríos Montt, a 80 anos de prisão pelo genocídio cometido durante sua gestão (março de 1982 a agosto de 1983) contra a etnia indígena ixil, a Corte de Constitucionalidade do país anulou, nesta segunda-feira (20) a sentença e ordenou a realização de um novo julgamento.
A repressão da atividade sindical na Guatemala é uma das mais fortes na América Latina e a violência contra líderes sindicais no exercício de suas atividades, deixa, em média, 15 mortos por ano, segundo dados das organizações sindicais da região. Para tentar reverter essa realidade, a Confederação dos Trabalhadores das Américas (CSA) e a Confederação Sindical Internacional (CSI) realizam nesta sexta-feira (17), o Dia de Ação pela Guatemala.