O massacre empreendido por um soldado americano no último domingo (11), que levou a morte 16 afegãos, destes 9 crianças e 3 mulheres, desencadeou uma onda de revolta no Afeganistão contra os Estados Unidos.
Há cerca de um ano e meio, uma equipe de reportagem norte-americana foi ao Afeganistão para fazer a cobertura de uma pequena operação militar prevista como sendo de alto risco. Dos dois homens que a lideravam, Sebastien Junger e Tim Hetherington, este último morreu em 2011 na Líbia, quando acompanhava em Benghazi, isto é, do lado anti-Kadhafi, naturalmente, a rebelião que ali eclodira.
Por Correia da Fonseca*
Os chefetes do imperialismo estadunidense, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, reúnem-se nesta terça-feira (13) e na quarta em Dayton (Ohio), depois seguem para Washington.
As tropas do Exército dos EUA foram enviadas para o Afeganistão praticamente assim que as duas torres gêmeas caíram. Há quem questione as bases para tal decisão, felizmente. Mas assim mesmo, aindam há “botas no terreno”, como os militares nortenhos costumam dizer; mais uma parte da bagunça que sobrou para o presidente Obama tentar organizar, junto com Guantanamo, por exemplo.
Por Moara Crivelente*
O New York Times (NYT) dedica o editorial de 18 de fevereiro ao Afeganistão. Embora a intenção não seja necessariamente essa, cada linha desse editorial descreve o atoleiro em que o imperialismo ali se meteu. Em dez anos, 1700 americanos mortos (e quantas dezenas de milhares de afegãos?), 450 milhares de milhões de dólares enterrados.
Por Filipe Diniz*
"Oficiais superiores das forças armadas norte-americanas distorcem tanto a realidade sobre a situação no Afeganistão, que a verdade já é algo irreconhecível", afirmou o tenente-coronel do Exército Daniel Davis.
No final de Dezembro, o terreno era apenas um grande descampado; contentores de metal vermelho escuro sob uma extensão de cascalho esbranquiçado, vedada por uma cerca com arame farpado. Os militares norte-americanos no Afeganistão não querem falar nisso, mas, em breve, será uma nova base para a guerra de drones no Grande Médio Oriente [1].
Por Nick Torse*
No último sábado (26) um ataque da Otan matou 24 soldados paquistaneses. O fato gerou uma crise na relação entre o Paquistão e os Estados Unidos a ponto de o país do Oriente Médio ameaçar pôr fim à colaboração com as guerras que os EUA travam na região. O chefe do exército do Paquistão, Ashfaq Parvez Kiyani, afirmou, nesta sexta-feira (2) que suas tropas vão responder "com toda sua força" se voltarem a ser atacadas pela Otan, como informou a imprensa local.
Quatro insurgentes morreram em uma operação de aviões não tripulados norte-americanos que atiraram contra barracões de militantes na região tribal do Paquistão. Esse é o quarto ataque em dois dias perto da fronteira afegã, segundo autoridades de segurança neste sábado.
Quatro ativistas foram assassinados nesta quinta-feira em um ataque executado por um avião não tripulado estadunidense “drone” contra as zonas tribais do noroeste do Paquistão, reduto dos talibãs e da Al-Qaeda.
Há 10 anos, o Afeganistão era invadido por tropas norte-americanas sob a alegação de que era necessário capturar o terrorista saudita Osama Bin Laden, responsável por articular os ataques realizados contra os Estados Unidos um mês antes. Segundo o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), os civis do país seguem pagando o preço pelos conflitos.
"Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio", afirmou hoje (7) Mitt Rommey, pré-candidato republicano à eleição presidencial de 2012 nos Estados Unidos. Para ele, Deus criou os EUA para que o país lidere o mundo. Mitt Rommey também acusou o presidente Barack Obama de enfraquecer voluntariamente o país.