Duas vezes nas últimas duas décadas foram previstos significativos cortes nas despesas militares americanas e ocidentais: primeiro, após a queda do muro de Berlim, e depois no seguimento da crise financeira de 2008. Contudo, de ambas as vezes as despesas militares depressa aumentaram e, entre os fatores que contribuíram para o aumento, estiveram intervenções americanas em novas áreas: os Balcãs nos anos 1990 e a Líbia atualmente [1].
Por Peter Dale Scott, no Global Research
Quando eu era criança, ainda na década de 40, aprendi com meus pais a ler as notícias nos jornais – Estadão e Folha da Manhã – com um “coador” para eliminar as intenções políticas conservadoras e compreender nas “entre linhas” a realidade. Foi uma boa escola que hoje me permite acompanhar na TV o que vai pelo Brasil e pelo mundo com maior objetividade, graças, também, ao conhecimento direto que adquiri na vida como militante comunista.
Um soldado mata sua mulher e se mata. Outro veterano de guerra se enforca, desesperado. Um terceiro coloca uma arma na cabeça e puxa o gatilho em um posto de gasolina durante confronto com homens da lei no Texas. Suicídios cometidos por veteranos como os descritos acima poderiam ter deixado suas comunidades chocadas. Mas não é o que ocorre atualmente, já que as tropas e as famílias encaram esses eventos como "normais" para o Exército norte-americano que já passa uma década em guerra.
“Os EUA, como o mundo sabe, nunca começam uma guerra”, dizia John Kennedy em 1963. Vinte anos depois, Ronald Reagan reiterava: “A politica de defesa dos EUA está baseada numa única premissa: os EUA nunca começam um enfrentamento. Nós nunca seremos um agressor.”
Por Emir Sader, em seu blog
Os custos da ofensiva guerreira americana que elegeu como alvo o Talibã, em 10 anos, superam os 3,7 trilhões de dólares, de acordo com um levantamento feito nos Estados Unidos pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais da Brown University e divulgados nesta quarta-feira (29). Os números foram publicados no site Costs of War (Custos de Guerra).
Os Estados Unidos estão atualmente envolvidos em três guerras no Oriente Médio – no Afeganistão, no Iraque e, agora, Líbia. Os Estados Unidos têm bases por todo o mundo, em mais de 150 países. Na atualidade, mantem tensas relações com Coreia do Norte e Irã e nunca descartou a ação militar.
Por Immanuel Wallerstein, em La Jornada
Enquanto o noticiário internacional se concentra nas revoltas no Oriente Médio e no norte da África, os Estados Unidos seguem alimentando suas duas guerras prioritárias no Iraque e no Afeganistão. Os custos para sustentá-las estão afetando diretamente os orçamentos dos estados e da União. Os EUA gastam cerca de US$ 2 bilhões por semana somente no Afeganistão, o que representa cerca de US$ 104 bilhões ao ano – isso sem incluir o Iraque.
Por Amy Goodman, no Democracy Now
Veja a entrevista, com legendas em português, com Julian Assange, fundador do Wikileaks, realizada pelo TED em julho deste ano, e entenda os motivos da caçada do governo americano ao site mais famoso do mundo. Assange também revela como o Wikileaks conseguiu divulgar mais informações sigilosas do que todas as outras mídias juntas em todo o mundo. Vale à pena ver a entrevista até o fim.
O controvertido site de vazamento de informações Wikileaks começou no domingo a divulgar um lote de 250 mil mensagens secretas enviadas por diplomatas dos Estados Unidos. Até agora, o Wikileaks publicou em seu site 220 de 251.287 documentos dos EUA descritos como cabos – como são chamadas as comunicações entre instituições diplomáticas.
O que exatamente está sendo comemorado em uma época de guerras impopulares, cujo motivo não foi convincentemente explicado para muitos britânicos? É o valor, ou a ortodoxia moral predominante extraída de um emaranhado diferente de paixões e cálculos?
A estrutura do orçamento dos Estados Unidos e a lógica de sua política econômica, com Bush e Obama, é a de uma economia de guerra na qual o gasto militar exacerba o déficit fiscal, mas permite o funcionamento de um “equilíbrio do terror financeiro”, repassa imensos lucros ao complexo militar industrial e mantém uma chantagem global baseada na força militar.
Por Osvaldo Martinez*
Deu na BBC Brasil: Em livro de memórias, Bush justifica ‘tortura’ de mentor do 11 de setembro
Ao contrário do ditador brasileiro João Batista Figueiredo, cujo pedido ao povo brasileiro foi de que o esquecesse (desnecessário: ninguém iria lembrar dele, mesmo…), o execrável ex-presidente George W. Bush faz questão de reavivar a memória dos estadunidenses sobre sua passagem pelo poder.
Por Celso Lungaretti*