O candidato à presidência da República Fernando Haddad (PT) afirmou que seguirá em uma profissão de fé em defesa dos direitos de todos os brasileiros. Ele reafirmou o compromisso com o Brasil, reiterou o respeito às instituições e falou da necessidade de caminhar por todo o país. “Vamos continuar a caminhada conversando com as bases, conversando com os pobres. Retecer um programa de nação que há de sensibilizar mentes e corações”.
Quatro horas antes de as urnas fecharem nas cidades brasileiras regidas pelo horário de Brasília, o segundo turno das eleições presidenciais já havia se encerrado na Alemanha. A apuração a partir dos dados das 33 urnas disponibilizadas no país mostra que Fernando Haddad (PT) obteve 56% (4.587 votos), contra 44% (3.610) de Jair Bolsonaro (PSL).
Os eleitores brasileiros residentes na França deram a vitória ao candidato petista Fernando Haddad que chegou em primeiro lugar, com 69,45% dos votos. Jair Bolsonaro, do PSL, ficou com 30,55%, de acordo com os boletins das seções eleitorais fixados pelo consulado brasileiro de Paris no local de votação e encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Depois de um verão excepcionalmente quente e prolongado, Lisboa amanheceu subitamente fria, com alguns aguaceiros mas instalando-se o Sol pelo meio da manhã. É nesse clima ambíguo que milhares de brasileiros se apresentaram à votação, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Por Alexandre Weffort*
O que ocorrerá neste domingo, 28 de outubro, não será uma simples eleição para quem vai decidir quem irá tocar um projeto nacional préviamente concebido e acordado há décadas, como nos casos de países como os EUA, França, Alemanha e até casos como o indiano e da República Islâmica do Irã.
Por Elias Jabour*
Em poucos momentos na história, o Brasil e os (as) brasileiros (as) estiveram tão envolvidos (as) em uma circunstância definidora do seu futuro como nesta votação do segundo turno da eleição presidencial. Estão em jogo séculos de lutas por progresso social, soberania nacional e democracia.
As pesquisas dos institutos Ibope e Datafolha confirmam a tendência de virada na reta final da campanha. Em menos de dez dias, Fernando Haddad reduziu bastante a diferença que o separava de Jair Bolsonaro, ainda liderando a disputa presidencial, mas por distância reduzida que, no limite da margem de erro, pode chegar à apenas 2%, na pesquisa Ibope.
A cada hora, desde os últimos três dias, cresce, se agiganta a onda pró democracia. Ela traduz uma tomada de posição de amplos setores da sociedade brasileira contra a ameaça de retrocesso civilizatório representada pelo candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro.
Enquanto o candidato da direita Jair Bolsonaro foge dos debates, Fernando Haddad debate suas ideias e propostas, participa de entrevistas e não falta ao compromisso de aprentar saídas para a situação em que o Brasil se encontra. Nesta noite participa de uam sabatina promovida pela TVE Bahia e é entrevistada pelos jornalistas Bob Fernandes, Juca Kfouri, Regiane Olveira e Tereza Cruvinel.
No segundo turno a campanha de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila ganhou força ao receber o apoio de diversas personalidades e lideranças políticas e sociais do país. Depois da ofensiva autoritária de Jair Bolsonaro muitas vozes se ergueram em defesa da democracia e indicaram a candidatura democrática e progressista como instrumento capaz de deter a ameaça fascista. Mas foi nas ruas de todo o Brasil que a campanha de Haddad e Manuela ganhou maior expressão.
Na tarde desta sexta-feira (26), o candidato a presidência pela Coligação O Brasil Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros), Fernando Haddad, participa do Ato da Virada em Salvador na Bahia. Uma multidão de mais de 100 mil pessoas participa da atividade. Pela manhã, o candidato esteve em João Pessoa-Paraíba.