O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto defendeu, pela primeira vez publicamente, em entrevista à Folha de S.Paulo publicada nesta segunda-feira (4), a criminalização da homofobia, ao entender que quem a pratica "chafurda no lamaçal do ódio".
A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Ceará promoveu, na tarde desta terça-feira (28/06), audiência pública para debater a campanha “Ceará sem Homofobia”. A iniciativa recebeu o apoio das deputadas Patrícia Saboya (PDT) e Eliane Novais (PSB) e de autoridades do Estado e de Fortaleza presentes a audiência.
O apresentador do programa CQC, Marcelo Tas, a atriz e cantora Preta Gil e a senadora Marinor Brito (Psol-PA) poderão ser convidados a depor no Conselho de Ética da Câmara, no processo contra o deputado federal deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Instaurado na semana passada, as ações são referentes a duas representações apresentadas pelo Psol devido às declarações com teor preconceituoso feitas por Bolsonaro.
O corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), pediu à Polícia Federal perícia no vídeo do CQC, da TV Bandeirantes, em que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) aparece dando declarações racistas e homofóbicas. No quadro "O povo quer saber", o deputado foi questionado pela cantora Preta Gil sobre como agiria se seu filho se apaixonasse por uma negra. O deputado respondeu que não corria o risco disso acontecer.
Em mais uma tentativa de colocar freio aos avanços de temas relacionados a expansão dos direitos dos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) o líder da bancada evangélica na Câmara, deputado João Campos (PSDB-GO), entrou com um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) visando a reverter a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo perante a Lei.
A 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, já começa a render polêmica na edição deste ano. Pela primeira vez, o evento se apropriou de uma citação religiosa e contará com representantes de um grupo religioso desfilando na avenida Paulista, no próximo dia 26, na capital paulista.
O primeiro passo para um acordo sobre o projeto de lei que criminaliza a homofobia foi dado nesta terça-feira (31) durante reunião entre os senadores Marta Suplicy (PT-SP), Marcelo Crivela (PRB-RJ) e Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente da Associação Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (ALGBT), Toni Reis. Segundo Marta, os participantes do encontro chegaram a um consenso sobre os principais pontos de divergência em relação ao texto encaminhado pela Câmara ao Senado.
As cerca de seis mil escolas brasileiras que registraram casos de agressões, intolerância e discriminação contra homossexuais devem receber o kit anti-homofobia ainda neste ano. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, os materiais serão refeitos e estarão prontos para distribuição em 2011.
Estudantes das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha) se reuniram, no dia 26, no Bar da Foca, em Botafogo, para um protesto contra a homofobia. O ato foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes Vladimir Herzog em resposta a discriminação sofrida por duas estudantes no mesmo bar, uma semana antes. Elas foram proibidas de ficarem abraçadas no local.
É preciso fé cega para aceitar os pré-conceitos que estão sendo difundidos em nossa sociedade, através de bocas nem tão santas assim. Todo o cuidado é pouco na hora de julgar seu próximo por sua cor de pele, identidade de gênero, convicção política ou escolha religiosa.
Por Iberê Lopes*
A escolaridade é um dos fatores que mais influencia o nível de preconceito da população em relação aos homossexuais: quanto mais anos de estudo, maior é a aceitação do indivíduo em relação à diversidade sexual. É o que aponta pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo e coordenada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Venturi. O estudo, com dois mil entrevistados em 150 municípios, foi feito em 2009 e transformado em um livro que será lançado em junho.
A decisão do governo de suspender a produção e distribuição de kits de combate à homofobia nas escolas públicas de ensino médio pegou de surpresa os movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e educadores. Para a socióloga Miriam Abromovay, que pesquisa o tema da violência nas escolas, o recuo do governo diante da pressão da bancada religiosa do Congresso Nacional é um “passo atrás”.