O recente massacre de integrantes da comunidade miskita no Rio Patuca, em Honduras, no último 11 de maio, quando dois helicópteros da agência anti-drogas dos EUA (DEA sigla em inglês), dispararam sobre uma canoa onde trabalhavam camponeses, matando duas mulheres grávidas, dois homens e ferindo gravemente a outros quatro.
Por Rina Bertaccini*
Mais de 2.750 pessoas morreram assassinadas em Honduras, em apenas quatro meses, apesar da Operação Relâmpago, implementada desde novembro para frear a criminalidade no país.
Em declaração oficial à imprensa internacional, Xiomara Zelaya, filha do ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya, que nesta sexta-feira (4) fraturou o fêmur ao sofrer uma queda, disse que situação do ex-presidente é estável e será operado neste sábado (5) em Santo Domingo, onde permanece internado em um centro médico.
Uma comissão especial, formada por seis ministros, vai investigar o sistema penitenciário em Honduras e apontar alternativas para evitar incidentes como o ocorrido há uma semana, quando um incêndio matou mais de 350 pessoas. O presidente hondurenho, Porfirio Pepe Lobo, anunciou a decisão de criar a comissão.
Inocentes podem ter morrido no incêndio na Colônia Agrícola Penal de Comayagua, em Honduras. Um relatório do governo hondurenho enviado este mês à ONU (Organização das Nações Unidas) indicava que mais da metade dos 856 detentos não havia sido condenada ou recebido acusações formais.
Pelo menos 356 pessoas morreram, nesta quarta-feira (15) e dezenas estão feridas em consequência de um incêndio na Colônia Penal Agrícola de Comayagua, região central de Honduras. Mais cedo, as autoridades já confirmavam pelo menos 272 mortes, mas o número subiu rapidamente.
A crise diplomática entre Brasil e Honduras já está superada, assegurou nesta quinta-feira (9) o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, após receber a visita do chanceler de Honduras, Arturo Corrales Álvarez.
Com vistas à situação de violação aos Direitos Humanos que persiste em Honduras, em especial na região de Bajo Aguán, departamento de Colón, organizações locais e seus parceiros estão preparando o Encontro Internacional de Direitos Humanos em Solidariedade com Honduras, que será realizado de 17 a 20 de fevereiro em Aguán.
Como forma de mostrar solidariedade com Honduras e dar visibilidades às violações de direitos humanos que se pratica na região de Bajo Aguan, 41 organizações nacionais e internacionais se uniram em torno do Encontro Internacional de Direitos Humanos em Solidariedade com Honduras, que acontecerá de 17 a 20 deste mês, em Bajo Aguan, departamento de Colom, Honduras.
A repórter do The Miami Herald, Frances Robles, recebeu informação de que em Honduras havia prisões onde os presos tinham a liberdade de deixar a reclusão para cometer crimes, sendo que quem patrocinava os ilícitos eram os próprios chefes carcereiros. Frances viajou a este país centro-americano para descobrir que a situação havia se deteriorado de tal maneira que o motivo que a levou a realizar sua cobertura ficou pequeno.
Por Salvador Camarena*, em seu blog no El País
Dois anos após ser derrubado, ‘Mel' Zelaya regressou a Honduras para tentar voltar ao poder como líder de uma nova formação política que agrupa aos opositores ao golpe de Estado. O jornal espanhol Publico entrevistou Zelaya em sua casa, em Tegucigalpa. O político disse que o exílio fez com que mudasse e acredita que, apesar da situação crítica no país, há garantias para as próximas eleições.
Por Martín Cuneo e Emma Gascó para o Publico.es
Pela segunda vez nesta semana, jornalistas hondurenhos protestaram nas ruas de Tegucigalpa, capital do país. O motivo é o quadro de perseguição e censura – atribuído aos grupos de traficantes de drogas –, que já resultou em 17 assassinatos de comunicadores desde o início do governo Porfirio Lobo, em janeiro de 2010.