No retorno da presidente Cristina Kirchner à frente do Executivo argentino o contencioso que esse país enfrenta com o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas ganhou novos contornos.
A decisão da União Européia de reconhecer o arquipélago das Malvinas como seu território, endossando as posições belicistas do premier britânico, David Cameron, que aprovou um plano para aumentar o contingente militar nas ilhas, serve para reacender um dado histórico que nunca deve ser esquecido: a tragédia dos países da América Latina, com seu fundo aberrante de exploração, miséria e desculturalização é uma só e com os mesmos inimigos: o neocolonialismo europeu e o imperialismo estadunidense.
O governo da Argentina classificou nesta quarta-feira (18) como “absolutamente ofensivas” as declarações do primeiro ministro britânico, David Cameron, que acusou o país do sul de “colonialismo” por sua reclamação de soberania das ilhas Malvinas, objeto de uma guerra entre ambas as nações em 1982.
O primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, acusou nesta quarta (18) a Argentina de “colonialismo”, em um novo episódio da guerra dialética que ambos os países mantêm pela soberania das Ilhas Malvinas, sob domínio britânico desde 1833
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, elogiou a determinação de Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai de apoiarem a Argentina ao impedirem a entrada de navios das lhas Malvinas em seus portos.
O governo argentino reafirmou uma vez mais seus imprescritíveis direitos de soberania sobre as Ilhas Malvinas, quando transcorreu no dia 3 de janeiro o 179º aniversário da ocupação desse território por forças britânicas.