O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou na manhã deste sábado (16) o acampamento da democracia, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Lula falou durante cerca de 10 minutos, relembrou a história do Brasil e das diversas tentativas de golpe contra governos que se colocaram ao lado do povo.
O fato mais emblemático destes dias que antecedem a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara é, sem dúvida alguma, o vazamento "acidental" do áudio do vice-presidente, Michel Temer. Em seu discurso, ele se dirige à nação como se o processo estivesse consolidado, como se ele já fosse presidente de fato. Hoje, isso não passa de um profundo desejo golpista.
Por Erika Kokay *
Entramos na reta final para barrar a tentativa de golpe institucional em nosso país. Sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu de corrupção na Operação Lava Jato, Michel Temer executa plano para chegar à Presidência da República sem voto popular.
Por Daniel Almeida*
Neste domingo (17) vai acontecer o terceiro turno das eleições presidenciais de 2014. Ele não está previsto na legislação eleitoral brasileira, não será coordenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e nele não votarão os 142.822.046 eleitores brasileiros. E tem um candidato que não foi registrado para a disputa
Por Márcia Xavier*
Brasileiros e brasileiras de todos os matizes, credos e regiões do Brasil explicam porque são contra o golpe e cobram respeito à democracia e aos seus direitos.
"A votação do impeachment no domingo não é apenas a tentativa de derrubar um governo cuja liderança está na esquerda. O que se está tentando fazer é criminalizar o conjunto da alternativa popular no Brasil e tirá-la do cenário político talvez por muito tempo. Sem dúvida, o que vamos viver neste domingo é um episódio maior da luta de classes no Brasil."
Ao lado do governador Flávio Dino, do senador Lindberg Farias e dos deputados Wadih Damous Adelmo Leão e Nelson Pelegrino, a parlamentar Jandira Feghali gravou vídeo no plenário da Câmara, no qual celebra o novo cenário no Congresso. “Nossa perspectiva melhorou muito. Muitos votos viraram, eles não terão 342 votos e nós vamos ganhar”, disse uma animada Jandira.
Uma das mais célebres atrizes brasileiras, Glória Pires expressou, nesta sexta (15), que é contra a tentativa da oposição de tirar o mandato da presidenta Dilma Rousseff. “Hoje eu posso dizer que sou contra o impeachment”, disse, em entrevista ao UOL.
Líder do MTST, movimento que defende o direito à moradia, Guilherme Boulos convocou, nesta sexta (15), a população para ir às ruas no domingo (17), diante da "real ameaça de golpe". Em vídeo gravado para o Portal Vermelho, ele destacou que o pedido de impeachment ataca a "já frágil e debilitada democracia brasleira".
Uma gravação do Furacão 2000, a primeira e maior produtora de funk do Estado, convida as comunidades cariocas para a manifestação contra o impeachment no domingo (17), em Copacabana. "A praia é nossa. Domingo, 17 de abril às 9 da manhã, concentração em frente à Miguel Lemos, no Posto 5. O funk contra o golpe. Não vai ter golpe!", diz o áudio.
Mesmo tendo sido beneficiada por diversas políticas dos governos Dilma e Lula, uma parcela do empresariado está em campanha pelo impeachment. Políticas “estatizantes”, a perspectiva de uma guinada mais à esquerda na gestão petista e a tentativa de barrar o rentismo predatório, com a redução da Selic e do spread bancário, são algumas causas apontadas para a adesão de empresários ao golpismo. São os acertos do governo, e não os erros, que incomodam a Fiesp e seus comparsas.
Em outubro de 2010, na eleição do primeiro mandato de Dilma, escrevi:
Por Urariano Mota*