A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu nas sete cidades pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) entre janeiro e fevereiro. O recuo foi de um ponto porcentual no período, ao desacelerar de 1,78% para 0,76%. Os dados foram divulgados nesta quarta (02), dia em que o Comitê de Política Monetária está reunido para decidir os rumos da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
O receituário ortodoxo repete que a solução para a inflação está no tripé macroeconômico. Mas o ‘remédio’ é pior que a ‘doença’: mata o paciente, sem tocar nas verdadeiras causas do problema, que tem raízes na própria forma como se construiu o processo de industrialização nacional.
Por Jorge Armindo Aguiar Varaschin*
Após um período de oito semanas em alta, a projeção das instituições financeiras para a inflação em 2016 perdeu força: o cálculo para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 7,62% para 7,57%, segundo dados do relatório Focus.
Depois de iniciar o mês de fevereiro em alta de 1,8% com acréscimo de 0,02 ponto percentual acima do encerramento de janeiro (1,78%), o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 1,1%, na terceira prévia de fevereiro. Essa variação é 0,32 ponto percentual menor do que o obtido na última apuração (1,42%), representando redução no ritmo de aumento médio dos preços.
De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central, o “mercado” projeta uma inflação de 6,93% e uma contração de 2,99% em 2016 e, nesse cenário, acredita que a taxa de juros subirá 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Copom.
Por Joana Rozowykwiat
Na toada implacável para apresentar o Brasil aos brasileiros e aos estrangeiros como a porta do inferno, a mídia vem fazendo um estardalhaço com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2015 com alta acumulada de 10,67% — a maior dos últimos 13 anos desde os 12,53% de dezembro de 2002, coincidentemente o último da nefasta era Fernando Henrique Cardoso (FHC).
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o último mês de 2015 com variação de 0,96%, resultado 0,05 ponto percentual acima da taxa de novembro (1,01%).
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em cinco de sete capitais acompanhadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na última quadrissemana de dezembro em relação à terceira leitura do mês.
É um quadro difícil, mas há um horizonte do ponto de vista econômico para a recuperação. Esta é a avaliação de 2016 para o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA).
O Indicador Expectativa do Consumidor subiu, desde o início do ano, 3,8 pontos percentuais, chegando a 11% em dezembro, com alta de 0,9 ponto percentual em relação a novembro e atingindo novo recorde na série histórica iniciada em setembro de 2005. Em janeiro, a expectativa de inflação era 7,4%.
Muita pouca atenção é dada aos mecanismos do sistema de formação de preços. Por outro lado, todos percebem os efeitos políticos: a inflação derrete qualquer projeto político no curto prazo, pois é no curto prazo em que as pedras no xadrez da grande política é jogada.
Por Elias Jabbour*
O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Altamir Lopes, avaliou, nesta quinta (05), que a inflação só deve voltar a alcançar o centro da meta de 4,5%, em 2017. De acordo com ele, o BC adotará as medidas necessárias para que isso aconteça. O diretor apresentou, em Brasília, o Boletim Regional, publicação trimestral do BC, com indicadores econômicos por regiões do país.