Com a manchete "Sanções não são a melhor solução para avançar", a Press TV, emissora pública iraniana, destacou nesta segunda-feira (26) a visita do ministro de Relações Externas do Brasil ao Irã.
Por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se reúne amanhã (27) com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O objetivo é reiterar o apoio do governo do Brasil aos esforços por um acordo negociado para evitar sanções aos iranianos em decorrência de seu programa nuclear.
O governo do Irã ratificou neste sábado (24) o apoio aos esforços do Brasil e da Turquia em favor de um acordo negociado para evitar sanções aos iranianos em decorrência de seu programa nuclear. A iniciativa foi definida durante a conversa, em Istambul, na Turquia, dos ministros das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, e o da Turquia, Ahmet Davotoğlu. Hoje (25), Amorim vai a Moscou, na Rússia, para conversar sobre o mesmo assunto. Amanhã (26) ele chega a Teerã, no Irã.
Ao anunciar nesta quinta-feira (22/4) que o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) viaja hoje a Teerã para preparar sua visita ao Irã em maio, o presidente Lula afirmou que está confiante num acordo do país persa com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que dirá ao mundo e ao Irã que “o limite é manter a paz. Queremos ter um só discurso, uma só voz e uma só paz”.
A chancelaria chinesa disse nesta terça-feira (20) que ainda há espaço para uma solução negociada a respeito do programa nuclear iraniano, apesar da mobilização de grandes potências para impor novas sanções ao país. O país asiático segue, assim, o tom adotado por outros países como o Brasil que preferem dar uma chance ao Irã.
Terminou neste domingo (18), no Irã, a conferência internacional que exige a adesão de Israel ao Tratado de Não Proliferação Nuclear para garantir um Oriente Médio livre de armas nucleares. Ao ficar de fora do tratado, Israel não é obrigado a abrir mão de armas nucleares ou receber inspetores em suas instalações que, segundo especialistas internacionais, produziram plutônios para até 200 ogivas.
Os Estados Unidos devem desenvolver novas alternativas para agir em relação ao Irã, inclusive a opção militar, caso fracassem nos esforços diplomáticos, na mobilização de aliados e na imposição de sanções para forçar o país persa a abandonar o que a Casa Branca e o Pentágono consideram planos e ações para fabricar armas nucleares. A revelação foi feita neste domingo, 18, pelo jornal New York Times.
Por José Reinaldo Carvalho
Teerã ultima preparativos para a abertura da conferência internacional sobre desnuclearização, pelo fim dos arsenais atômicos em todo o mundo. A conferência, intitulada “Energia Nuclear para Todos, Armas Nucleares para Ninguém”, será inaugurada neste sábado (17).
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad disse ontem que o Irã é a única chance de sucesso que restou ao presidente Barack Obama dos EUA, depois dos revezes que Washington sofreu nos vizinhos Iraque e Afeganistão. Ahmadinejad informou que enviou carta a Obama, cujo conteúdo será divulgado em futuro próximo.
Não são poucas as matérias, na imprensa nacional e internacional, que tratam de apontar para suposto isolamento do governo brasileiro na discussão sobre sanções contra o país dirigido por Mahmud Ahmadinejad.
Por Breno Altman*, no Opera Mundi
O Irã apresentará uma queixa às Nações Unidas sobre o que vê como uma ameaça do presidente americano, Barack Obama, de atacar o país com armas nucleares, informou o ministério das Relações Exteriores iraniano neste domingo (11). Obama deixou claro na semana passada que o Irã e a Coreia do Norte estão excluídos dos novos limites no uso de armas atômicas — algo que Teerã interpreta como uma ameaça de um adversário de longa data.
A China anunciou nesta quinta-feira (1º/4) que continua buscando uma solução pacífica para a tensão provocada pelos Estados Unidos em relação ao programa nuclear iraniano e que aceitará participar de negociações a respeito do tema.