Uma década depois da sua liberação da prisão por ter vazado informações sobre o programa de armas nucleares de Israel, Mordechai Vanunu foi proibido de participar de uma conferência sobre direitos humanos no Reino Unido. Vanunu, ex-técnico no programa israelense, foi libertado em 2004, depois de passar 18 anos preso por dar informações sobre as armas nucleares de Israel à mídia britânica.
O novo governo de unidade nacional prestou juramento nesta segunda-feira (2) na Cisjordânia, diante do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas. Após o acordo de reconciliação anunciado em abril entre a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, Abbas declarou o fim da divisão nacional que já durava sete anos.
Em virtude das manifestações e atitudes do papa Francisco na Palestina, muitas delas paradigmáticas e, até mesmo, surpreendentes – destacando-se, dentre elas, a oração junto ao Muro do Apartheid, agora tornado o Muro das Lamentações Palestinas – e diante da possibilidade lançada pelo próprio líder católico quanto à mediação entre palestinos e israelenses com vistas à busca da paz, algumas considerações se tornam necessárias.
Por Ualid Rabah*
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) completou os 50 anos da sua carta fundacional, nesta quarta-feira (28). Em 1964, o objetivo afirmado era a ciração do Estado da Palestina e a resistência à ocupação israelense. Após um longo período exilada, a OLP passou a ser reconhecida internacionalmente como a representante legítima do povo palestino, sob a liderança histórica de Yasser Arafat.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Israel também é palco dos debates sobre seus gastos militares, inserido na tendência mundial, com o agravante de tratar-se de um dos maiores exércitos do mundo e de uma “potência ocupante”. De acordo com um artigo publicado nesta terça-feira (27) no jornal israelense Haaretz, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu dedica 4,5 bilhões de shekels (R$ 2,89 bilhões) ao que vigia, pessoalmente, sob a descrição de “meios especiais”.
A visita do Papa Francisco a Israel e à Palestina gerou entusiasmo. Para os que esperavam que ele se posicionasse contra a ocupação israelense e às violações dos direitos dos palestinos, o Papa não poderia ter sido mais literal e emblemático: prostrou-se diante do muro que representa a segregação, construído por Israel para cercar a Cisjordânia, e rezou.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Depois de o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu ameaçar demitir a ministra da Justiça Tzipi Livni da coalizão governamental, como reprimenda pela reunião com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, na semana passada, o governo palestino de unidade toma corpo, com base no recente acordo de reconciliação nacional. Uma fonte da AP citada pela agência Ma’an, nesta quinta-feira (22), informou que o atual primeiro-ministro Rami Hamdallah chefiará o governo transitório.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instou Israel, nesta terça-feira (20), a investigar as mortes de dois jovens palestinos durante as manifestações no Dia da Nakba (“catástrofe”, em árabe), na quinta (15). A organização israelense B’Tselem fez o mesmo apelo, mas o chanceler de Israel, Avigdor Lieberman disse rejeitar a “exigência de investigação”, nesta quarta (21). O vídeo da ação das forças israelenses tem circulado pela mídia.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Tzipi Livni, ministra da Justiça e chefe da equipe israelense nas negociações com a Palestina, disse nesta segunda-feira (19) que o seu partido, Hatnuah (“O Movimento”), apoia o fim do conflito e a volta à diplomacia. Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a ministra por seu encontro com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Londres, na sexta-feira (16), de acordo com o jornal israelense Jerusalem Post.
Organizações solidárias à causa palestina convocaram um dia internacional de greve de fome, nesta segunda-feira (19), em apoio aos prisioneiros palestinos encarcerados segundo a “detenção administrativa”, um dispositivo jurídico criado em Israel para permitir a prisão de “suspeitos” por períodos renováveis de seis meses, sem contato com a defesa e sem julgamento. A advogada Shireen Issawi também aderiu à greve após ser informada de que seu julgamento seria adiado por nove meses.
A Palestina reconheceu o direito do Estado israelense de existir em 1988. Entretanto, desde a sua criação, em 1948, Israel ainda não reconheceu o Estado da Palestina. Nos 66 anos desde a Nakba, ou “Catástrofe”, os palestinos lembram seus mortos e refugiados, o exílio e a ocupação israelense dos seus territórios, “embora apenas uma palavra não possa começar a explicá-la, nem um único dia possa começar a honrá-la,” escreve Saeb Erekat, chefe da equipe diplomática palestina nos diálogos com Israel.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade de Tel-Aviv, em Israel, nesta quinta-feira (15). No mesmo dia em que os palestinos marcam os 66 anos da Nakba (“Catástrofe”), em referência aos massacres e ao exílio resultantes da atuação dos grupos sionistas para a criação de Israel e à continuidade da ocupação militar sobre a Palestina, FHC discursou sobre uma sociedade israelense “aberta e democrática.”==