O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, colegiado vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), emitiu nota repudiando o ato do deputado Jair Bolsonaro durante a votação pela abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef, na Câmara dos Deputados.
Até oa tarde desta terça-feira (19) a sala de atendimento ao cidadão do Ministério Público Federal recebeu 9.714 manifestações de repúdio exigindo punição ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). No domingo (17), o parlamentar dedicou o voto a favor do impeachment ao notório torturador Carlos Brilhante Ustra, condenado pela justiça brasileira por tortura.
Em pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (18), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) manifestou o rechaço à postura de Jair Bolsonaro (PP-RJ) que, ao declarar o seu voto pelo golpe, homenageou o torturador da ditadura coronel Brilhante Ustra.
Na miríade das canalhices do último domingo, 17 de abril, entre traidores prosaicos, reconhecidos corruptos tipo Maluf, direitistas radicais passando por ex-esquerdistas convertidos ao Capital e os discursos burlescos de evocação da família e de deus, o que calou fundo mesmo na consciência democrática dos brasileiros foi à lembrança, infame, de um dos maiores torturadores da ditadura militar, Brilhante Ustra.
Por Paulo Fonteles Filho*
A Secretaria Especial de Direitos Humanos (SDH) divulgou nota pública condenando – “em seus termos mais enfáticos -, a menção e aplauso a torturadores no voto do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), na votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados no domingo (18). “Lamenta-se profundamente que a brutalidade e a gramática da violência ainda encontrem lugar nos diversos espaços da sociedade, inclusive no poder legislativo”, diz a nota.
“Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família, pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do Coronel Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim”, declarou Jair Bolsonaro (PP-RJ) na sessão de votação do impeachment da presidenta Dilma no domingo (17) em Brasília.
Seguindo o roteiro tucano, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) requentou um vídeo nas redes sociais nesta semana em que volta a disseminar o factoide de que o Ministério da Educação distribui nas escolas públicas o livro Aparelho Sexual e Cia, “estimulando precocemente as crianças a se interessarem por sexo”, segundo ele.
No mês da Consciência Negra, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) resolveu reafirmar, apesar de não haver dúvidas, de que é contra o que chama de “vitimização" de negros, gays e índígenas e cotas para afrodescentes.
“Conquistamos uma vitória. Pode até parecer pequena, mas não é. Quando um gesto de justiça afirma-se, vence a dignidade e cai derrotada a infâmia que tanto destrói.” Assim começa a carta aberta postada pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), após o anúncio de que o também parlamentar Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi condenado em primeira instância a pagar R$ 10 mil à deputada por tê-la ofendido em discurso no plenário da Câmara dos Deputados.
Por *Sandra Helena de Souza
A deputada federal e ex-ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário (PT-RS) rebateu, nesta quinta-feira (14), as declarações feitas por Jair Bolsonaro (PP-RJ) a um grupo de estudantes que visitou a Câmara nesta semana. O ex-militar acusou Maria do Rosário de tentar esconder um suposto caso de abuso sexual contra menor de idade que teria sido praticado por um homem que foi casado com sua irmã.
O ex-candidato à Presidência da República em 2014 e presidente do PRTB, Levy Fidelix, anunciou em seu site que deve se candidatar novamente ao Planalto em 2018, desta vez ao lado do colega deputado federal Jair Bolsonaro (RJ). Conhecidos pelas ideias conservadoras e homofóbicas, os dois defendem o discurso em "defesa da família".