As autoridades do Japão confirmaram nesta sexta-feira (18/03) à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que houve aumento da temperatura nos tanques de combustível na Usina de Fukushima Daiichi. Segundo os peritos, a elevação de temperatura foi registrada nas unidades 5 e 6. A elevação de temperatura gera ameaças de radiação para toda a região em torno da usina, segundo especialistas.
Em depoimento ao Congresso, o chefe da comissão nuclear dos EUA, Gregory Jaczko, informou: a radiação no reator 4 de Fukushima é "extremamente alta". Jaczko acredita que não haja mais água no seu reservatório. Isto faria as varetas de urânio derreterem, com a radiação aumentando a ponto de os funcionários de Fukushima não poderem mais tomar medidas corretivas.
Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia
A população japonesa evacuada dos arredores da central de Fukushima é regularmente testada a eventuais contaminações de radiação. Uma medida de precaução antes de ser transferida para abrigos temporários.
Especialistas franceses afirmam que uma nuvem radioativa causada pelas explosões na central de Fukushima Daiichi, no Japão, deverá chegar à Europa na próxima semana, mas estimam, no entanto, que ela não será nociva à saúde.
Seis dias após o terremoto no Japão, um culto ecumênico lembrou as milhares de vítimas do maior desastre natural da história do país. O culto reuniu budistas, católicos e evangélicos no bairro da Liberdade, na capital paulista. Expressou tristeza pelas mortes, mas também crença na reconstrução do Japão depois da tragédia pela qual ele passa.
Pequim ordenou uma inspeção “imediata e completa” à segurança das suas infraestruturas nucleares e suspendeu, temporariamente, qualquer aprovação de projetos para novas centrais nesta última quarta-feira (16), depois de uma reunião do Conselho Estatal da China – presidido pelo primeiro-ministro Wen Jiabao.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu aos demais parlamentares da região que apóiem a iniciativa da CNI e se unam para tentar viabilizar os R$ 14,1 bilhões que seriam necessários para diminuir os gargalos logísticos da região.
Um grupo de 25 brasileiros que moravam no Japão, nas regiões de Miyagi – que sofreu tremores intensos de terra e tsunamis – e Fukushima – onde houve os acidentes nucleares -, foi retirado da área e transportado para Tóquio. A Embaixada do Brasil no Japão e o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio preparam para a próxima sexta-feira (18) uma nova operação de resgate.
Um telegrama da embaixada dos Estados Unidos em Tóquio, datado de 2008 e vazado pelo site WikiLeaks, foi divulgado na última terça-feira pelo jornal britânico The Guardian, informando que o político japonês Taro Kono afirmou aos diplomatas americanos que o ministério japonês encarregado da energia nuclear estava "encobrindo os acidentes nucleares e ocultando os verdadeiros custos e problemas associados com a indústria nuclear".
Deu no Opera Mundi:
"Um despacho de 2008 da embaixada dos Estados Unidos em Tóquio revela o descontentamento e preocupação de uma importante figura política japonesa em relação à política nuclear de seu país. No documento, era informado que o governo encobria informações sobre acidentes nucleares, além de ocultar os custos e problemas associados a esse ramo da indústria.
Por Ceslo Lungaretti*
O comissário europeu para a Energia, Gunther Oettinger, disse nesta terça-feira (15) em uma audição no parlamento europeu, em Bruxelas, que a situação na usina nuclear de Fukushima, no Japão, é "apocalíptica".