No discurso de transmissão do cargo de ministro das Relações Exteriores ao professor e empresário Celso Lafer (2001), aquele chanceler que se notabilizaria por tirar os sapatos e as meias para ingressar nos EUA, o ministro Luiz Felipe Lampreia, resumindo a política externa do governo FHC (a dependência encantada), proclamou: "O Brasil não pode querer ser mais do que é".
Por Roberto Amaral, no Jornal GGN
O governo uruguaio afirmou nesta sexta (8) que passará a presidência do Mercosul à Venezuela, apesar de pressões contrárias de Brasil, Paraguai e Argentina, que tentam evitar a passagem. Em um comunicado divulgado no site de seu Ministério das Relações Exteriores, o governo de Tabaré Vásquez, que atualmente preside o bloco, diz que “reitera sua posição no sentido de proceder a passagem da presidência, de acordo com as normas vigentes do Mercosul”.
Dentro dos desmanches das conquistas civilizatórias do Brasil desde a Constituição de 1988, destaca-se a atuação de José Serra, demolindo a histórica boa reputação brasileira nas relações exteriores.
Por Flávio Aguiar*
O ministro das Relações Exteriores provisório, o tucano José Serra, fracassou numa de suas primeiras missões internacionais, mesmo tendo levado a tiracolo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em evento realizado em São Paulo nesta segunda-feira (4), o ministro das Relações Exteriores do governo Lula e ministro da Defesa de Dilma Rousseff, o diplomata Celso Amorim, manifestou preocupação com a crise política brasileira e com os "rumos que o Brasil está tomando" sob o governo interino de Michel Temer.
O ministro interino das Relações Exteriores, José Serra, ataca veladamente o Mercosul. Serra alega que o país deve poder celebrar acordos comerciais com os mais diferentes países. O que está em jogo é uma resolução do Mercosul, a Decisão 32, de 2000, que define que os acordos comerciais não podem ser feitos sem aprovação do bloco.
Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual
José Serra, Ministro das Relações Exteriores do governo golpista, tem muita coisa em comum com o político venezuelano Henrique Capriles. José Serra foi candidato derrotado duas vezes à presidência da República. Primeiro perdeu para Lula, depois para Dilma. Capriles também foi duas vezes derrotado na disputa pela presidência em seu país. Perdeu para Chávez, e depois para Nicolás Maduro.
Por Wevergton Brito Lima*
A colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, publicou nesta terça-feira (14) que o senador e chanceler do governo interino, José Serra (PSDB-SP), foi citado em negociação com a OAS, empresa envolvida na Lava Jato.
Nesta segunda-feira (30), o Partido Comunista do Brasil divulgou nota de sua Comissão Política Nacional condenando a “autoproclamada nova política externa” do governo golpista brasileiro, que ressuscita “uma política externa subalterna para com o imperialismo estadunidense e as potências imperialistas da União Europeia e de menosprezo e divisão para com a América Latina, o Caribe e a África”.
O representante diplomático dos golpistas tem uma ambição e um oportunismo cujas gigantescas dimensões são inversamente proporcionais aos seus escrúpulos.
Por Eric Nepomuceno
Nas análises sobre a política externa brasileira, entre os especialistas do assunto tornou-se de certa forma consensual o argumento apresentado por Lima (1994) de que o paradigma de inserção internacional que vinha sendo empregado pelo país desde o governo Geisel somente teve suas linhas gerais definidoras desafiadas pelo governo Collor.
Por Walter Antonio Desiderá Neto*
As recentes notas do Itamaraty, o pedido de estudo de custo de postos diplomáticos abertos nos governos Lula e Dilma na África e no Caribe nos últimos anos e o discurso de posse do novo ministro interino das Relações Exteriores, José Serra (PSDB) demonstram que, em menos de uma semana, o governo interino de Michel Temer quer mudar a política externa brasileira, com uma mensagem clara de que esse novo caminho será como tinta nova em parede velha.
Por Chico Dênis e Alexandre Andreatta*