A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em julho. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quinta-feira (25), a taxa do cheque especial subiu 2,7 pontos percentuais, de junho para julho, quando chegou a 318,4% ao ano, chegando a novo recorde na série histórica do BC, iniciada em julho de 1994.
No entender do advogado Wilson Donizeti Liberati, expresso no artigo “Prioridade absoluta”, “enquanto não existirem creches, escolas, postos de saúde, atendimento preventivo e emergencial às gestantes, dignas moradias e trabalho, não se deveriam asfaltar ruas, construir praças, monumentos artísticos etc, porque a vida, a saúde, o lar e a prevenção de doenças são mais importantes que as obras de concreto que ficam para demonstrar o poder do governante”.
Por Marcos Fabrício Lopes da Silva*
O mundo passa por uma crise civilizatória e já se fala em novo Bretton Woods. A afirmação, do economista Ladislau Dowbor, remete ao tratado firmado um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial, na cidade norte-americana de mesmo nome (estado de New Hampshire), por 44 países.
Por Paulo Donizetti, na Rede Brasil Atual
Permanência da Selic em 14,25% ao ano por longo período causa estrago na caderneta de poupança, que encara a fuga de depósitos frente à inflação alta. Consultor diz que mídia também aposta contra.
Por Helder Lima
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25%. A decisão, unânime e sem viés, foi anunciada nesta quarta (20), na primeira reunião sob o comando de Ilan Goldfajn. O BC, em seu comunicado, engrossa os pedidos de ajustes na economia, "de forma mais célere", sob pretexto de controlar inflação. Representantes das centrais sindicais classificaram a decisão como prejudicial à economia e aos trabalhadores, positiva apenas para o rentismo.
As centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (19), uma manifestação contra as altas taxas de juros. Tão importante quanto o combate aos juros elevadas é a unidade demonstrada pela CTB, CUT. Força Sindical, UGT, CGTB e Nova Central, no momento em que os direitos dos trabalhadores são ameaçados pelo governo interino de Michel Temer. Em sintonia com a gestão, um diretor da Fiesp chegou a falar em jornada de trabalho de 80 horas semanais, o que foi considerado pelas centrais como provocação.
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) protestaram nesta terça-feira (19), na avenida Paulista, em São Paulo, contra a política de juros altos, que atualmente fixa o índice em 14,25% ao ano. A manifestação faz parte do calendário unificado de ações das centrais.
Um manifestação unitária reunirá seis centrais sindicais brasileiras para protestar contra os juros altos. O ato que reunirá CTB, Força Sindical, CUT, CSB, UGT e Nova Central ocorre nesta terça-feira (19), às 10 horas, em frente à representação do Banco Central, na Avenida Paulista, ocasião em que o Copom (Comitê de Política Monetária) começa a definir a nova taxa Selic (taxa básica de juros).
Os bancos do país continuam a aumentar os juros já elevados cobrados das famílias. De acordo com os dados divulgados nesta segunda (27) pelo Banco Central, a taxa média cobradas de pessoas físicas subiu de 71% ao ano para 71,7% no mês passado. É a mais alta desde 2007, nos empréstimos com crédito livre, ou seja, sem levar em consideração os financiamentos de casa própria.
O Brasil e o mundo vivem uma grave e múltipla crise: política, econômica e também de valores morais. Temos de enfrentá-la com soluções pactuadas, que resgatem o princípio de solidariedade e gerem empregos para melhorar a vida de todos. No caso do Brasil, isso passa essencialmente pela redução de juros – e não pelo corte de serviços públicos.
Por Flávio Dino*
“As impronunciáveis taxas de juros praticadas pelos bancos na modalidade operacional do crédito rotativo nos cartões de crédito” foram denunciadas pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), em discurso no plenário da Câmara nesta terça-feira (21), quando destacou os prejuízos da população em contraponto aos lucros dos banqueiros.
A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Bacen) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% foi criticada pelas centrais sindicais do país. Para os sindicalistas, a manutenção dos juros em patamar tão elevado só é boa para especuladores e contraria os interesses dos trabalhadores.