A terceira reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tem início na tarde desta terça-feira (16). A segunda parte da reunião continuará nesta quarta (17), quando o Copom irá anunciar a sua decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic.
Não bastasse nosso país passar mais de duas décadas dedicado ao “combate à inflação”, o nível do debate econômico – que nunca foi lá essas coisas – chegou ao nível mais baixo, jamais visto. Difícil acordar um dia e perceber uma potência, da estatura do Brasil, estar sendo pressionada não por grandes oligopólios internacionais ou mesmo uma ameaça militar considerável.
Por Elias Jabbour*
A CTB-BA (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Estado da Bahia) realiza, na próxima quarta-feira (17/4), um ato em frente à sede regional do Banco Central (BC), na Avenida Anita Garibaldi, em Salvador, para protestar contra a inflação e a possível retomada da alta dos juros. O movimento, marcado para às 9h, é nacional e acontece também em várias cidades do país
A taxa básica de juros, a Selic, deve ser mantida em 7,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Essa é a expectativa de instituições financeiras consultadas pelo BC, semanalmente. A reunião do Copom está marcada para amanhã (16) e quarta-feira.
É ou não ou cúmulo da cara de pau? O economista Maílson da Nóbrega, que comandou o Ministério da Fazenda no fim do governo Sarney e entregou ao País uma hiperinflação, tem a pachorra de condenar a atual política monetária e criticar a meta de inflação brasileira de 4,5% ao ano; lobista do sistema financeiro, ele pede a combinação de recessão, desemprego e juros altos; o incrível é que este personagem tenha espaço para comentar a economia com ares de guru.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, superou o teto da meta de inflação de 6,5%, estabelecido pelo Banco Central. Em declaração a Rede Brasil Atual, Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),explicou o que está por trás da campanha da mídia e diz que alta dos juros será tido de canhão em passarinho.
Os principais jornais de circulação nacional demonstram um entusiasmo quase triunfal pelas notícias sobre aumentos pontuais dos preços de certos gêneros alimentícios. Os índices anunciados no último mês realmente mostram um descompasso nos valores de alguns produtos, com especial destaque para o tomate, que se tornou até mesmo tema de anedotas nas redes sociais.
Por Luciano Martins Costa*
A turma que vive de rendas nem disfarça mais. Por uma diferença de 0,09% no índice de inflação, começou o que pode ser a batalha final para o Banco Central interromper uma política de juros baixos.
Por Paulo Moreira Leite*
'Pela indústria e pelo desenvolvimento e contra os juros'. Esse será o lema defendido pelas centrais no próximo do 17, em São Paulo, na Avenida Paulista. De acordo com informações do portal da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) o evento será realizado em diversas capitais do Brasil.
As centrais sindicais sairão às ruas de todo o país para protestar contra a possível retomada da alta de juros. Os atos serão realizados na próxima quarta-feira (17), em frente à sede do Banco Central de várias cidades. Na mesma data, o BC irá se reunir para decidir se a Selic irá sofrer alguma mudança ou não.
O professor de economia e consultor Luiz Gonzaga Belluzzo foi entrevistado por Luis Nassif pelo jornal Correio Braziliense desta quinta-feira (11). Intitulado Quatro perguntas para Luiz Gonzaga Belluzo, o economista fala sobre a inflação, a política de juros e sobre a carga negativa de analistas e da grande imprensa sobre o tema. Segue abaixo:
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) criticou nesta terça-feira, do plenário do Senado, o que ele chamou de “clamor midiático” para aumentar as taxas de juros de qualquer jeito como um único remédio amargo para baixar a inflação. “Pelo amor de Deus, já chega!, disse o senador cearense, lembrando que o Brasil não suporta mais a velha política de que só se contém inflação se for através de taxas de juros altas.